GOVERNO DO PT/PMDB – MAIS UM JORNAL É CALADO NA CIDADE

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Por um instante, parece que a era da mordaça tomou conta do Distrito Federal. Há quase cem dias, a verdade tem se calado aos poucos. E com ela, gradativamente, vários jornais pequenos no tamanho, mas grandes na importância. Como conta-gotas, veículos estão sendo fechados. E um silêncio nada inusitado toma conta das redações remanescentes. Isso quase milimetricamente trabalhado por quem defende uma imprensa censurada e vendida. Trata-se de uma forma arcaica de fazer política, mas que o Distrito Federal conhece bem como funciona.
Como tudo na vida é circunstancial, o momento permite que a lei da mordaça volte à moda. A caneta está sob o poder de quem menos interessa que tudo realmente seja dito e devidamente comprovado. É mais fácil encarar a sociedade dessa forma, da mentira, sem o desgaste de ter de dar explicações.

Não é fácil chegar onde o jornal O Distrital chegou. Não foi fácil construir uma história de nove anos de cobertura de fatos importantes para a nossa comunidade. A exemplo da denúncia sobre o recente descaso com os hemofílicos, ou mesmo sobre a falta de PKU na rede pública de saúde, alimento essencial para a vida de crianças com fenilcetanúria.

Fomos a campo apurar denúncia sobre possível caça à comunidade quilombola que habita região da Cidade Ocidental (GO) ,que é alvo de poderes econômicos da capital do Brasil interessados na construção de condomínios na região, hoje protegida como Patrimônio Cultural.

Denúncias de corrupção também estamparam as páginas do jornal, como o furo da explosão da Caixa de Pandora, da mesma forma com que foi dado espaço a quem sofria algum tipo de perseguição da imprensa local e que não conseguia um canal para se defender.  A hoje deputada federal Erika Kokay (PT) e o deputado distrital reeleito Roney Nemer (PMDB) sabem bem do que estamos falando.

Enfim, depois de longos 9 anos de história e de existência, o jornal O Distrital chega ao seu fim. Fecha as portas talvez por não ter se curvado aos interesses do grupo que pensa ser o poder. Ou simplesmente por ter incomodado com a linha independente de redação. Fato é que não houve quem brigasse pela continuidade da imprensa que não fala o que é pago para ser falado. Foi assim com a Tribuna do Brasil, que também fechou as portas, com o jornal Nossa Quadra, e será assim com outros inúmeros veículos que temem a sabotagem publicitária e, por isso, tentam se moldar ao esquema montado por quem, ironicamente, sempre defendeu a liberdade, a democracia e o livre direito de expressão.

Ainda como ironia, a notícia do fechamento de O Distrital ocorreu justamente numa data que homenageia a atual forma de lidar com a imprensa na capital: o dia primeiro de abril. Apesar da dificuldade do momento, a coincidência conformou de certa forma a todos que fizeram a história deste jornal.

Aos nossos colaboradores, aos nossos jornalistas, aos nossos apoiadores e, claro, leitores, o nosso muito obrigado. Encerramos nossas atividades divididos pela sensação de missão cumprida e a frustração de não termos mostrado o que há de se mostrar. Nosso objetivo de servir à população, pelo menos, foi fielmente seguido.

Tudo na vida é circunstancial e o título deste editorial não poderia ser mais apropriado. Toda a decisão que se toma depende apenas das circunstâncias do momento. E não poderíamos esquecer de mencionar que este editorial nasceu após diversas conversas que tivemos durante todo o mês de março com uma conhecida jornalista da cidade. E chegamos a uma conclusão: a verdade sempre aparece. Por mais que os mentirosos de plantão tentem empurrá-la para de baixo do tapete. E esse é o nosso consolo.

NOTA DO BLOG DO DONNY SILVA: “Lamento  profundamente que um governo inútil, hipócrita,  despreparado, recheado de laranjas podres e maçãs oportunistas em seu cesto, tenha colaborado  de forma contínua e orquestrada, para que veículos de comunicação que vinham relatando fatos verídicos na cidade, fechassem suas portas. Quem perde é tão somente o povo de Brasília. Ao amigo jornalista Edson Sombra, receba minha solidariedade. “

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