Pisar em ovos (e não estamos falando do deputado Pedro do Ovo) tem sido a rotina do governador Rogério Rosso (PMDB). Ele ag0ra conhece perfeitamente o significado do termo “pressão política”.
A guerra de informações e os muitos interesses principalmente de quem colaborou para sua eleição ao GDF, dão o tom na Câmara Legislativa do DF. Alguns deputados frustrados por ainda não terem sido atendidos conforme o combinado, aceleram passos que podem revelar informações constrangedoras envolvendo o governador do PMDB, que foi candidato a deputado federal em 2006 e que apoiou o ex-governador Arruda.
Por outro lado, movimentos na cidade principalmente no STJ, dão sinais de que Brasília viverá momentos de tensão nos próximos dias, e muitos políticos cairão em desgraça absoluta, inclusive um parlamentar que ficou de fora até agora do noticiário policial/político, aparecerá em destaque no novo escândalo.
O Inquérito 650 está em fase de conclusão e a Polícia Federal já sabe quem é mocinho e quem é bandido no esquema que ficou conhecido como Mensalão do DEM. Quem serão os indiciados? Quem ficará de fora?
Rosso tenta impedir a intervenção no DF. Mas há certas coisas na política em que imagens revelam tudo. E a imagem de Brasília não está nada boa ainda. Tanto Wilson Lima quanto Rogério Rosso ainda pecaram por acobertar aliados do DEM que não deveriam estar no GDF. Ou seja: 6 por meia dúzia.
Focos de corrupção resistem e intimidam, e a Justiça e a Polícia Federal sabem disso e acompanham pacientemente a evolução dos fatos.
Somente uma intervenção conseguirá interromper a prática do uso da máquina pública para beneficiar alguns e prejudicar a muitos outros.
Com a intervenção, se esvazia muita coisa no DF, inclusive o poderio de pequenos grupos que foram graciosamente alçados ao poder por alguns deputados investigados que continuam negociando com o governo. É um absurdo completo.