Uma força-tarefa do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) vai atuar para zerar a lista de espera dos cerca de 300 pacientes que aguardam por cirurgia de catarata no sistema de regulação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O HRT realiza uma média de até 25 cirurgias de catarata mensalmente. Como o início da força-tarefa no final de janeiro, cerca de 40 pessoas devem passar por cirurgias neste mês. A partir de fevereiro esse número aumenta para 80 intervenções de catarata mensalmente, fora as eletivas já programadas.
Hospital Regional de Taguatinga (HRT) realiza força-tarefa para operar os mais de 300 pacientes que se encontram no sistema de regulação da Secretaria de Saúde | Foto: Tony Winston/Agência Saúde
“Como oftalmologista, sempre sonhei em ver a fila de cirurgia de catarata zerada. Desde que assumi a diretoria do hospital trabalhei para que isso fosse possível”, disse o diretor do HRT, José Alberto Aguiar.
As cirurgias estão previstas para acontecer nas segundas, terças e sextas-feiras à noite. A equipe de cirurgiões da força-tarefa, iniciada nesta sexta-feira (20), é composta por três especialistas em cirurgias de catarata, três cirurgiões auxiliares, além de enfermeiros e técnicos. Os pacientes são pessoas com idade a partir de 60 anos, faixa etária em que as pessoas começam a ser diagnosticadas com a doença.
Catarata é um processo degenerativo do cristalino, lente natural que temos no interior do olho, que pode levar à cegueira
“Catarata é uma doença que causa a perda da visão e, com isso, tira a capacidade laboral da pessoa. A cirurgia é importante para restabelecer a autonomia”, explicou o diretor do HRT. A doença é um processo degenerativo do cristalino, lente natural transparente que temos no interior do olho. Com o tempo, ou por algumas doenças, essa lente começa a ficar turva, prejudicando a visão e podendo levar à cegueira.
Vitorino Nascimento, 69 anos, foi uma das pessoas operadas no primeiro dia de trabalho da força-tarefa. A catarata já atinge seus dois olhos, sendo que a vista direita está mais comprometida. Ele está na fila de regulação há quatro meses.
“Quase não enxergo pelo olho direito. Meu caso é pitoresco porque desenvolvi a catarata como sequela da covid, doença que me deixou em coma por quatro meses”, relata. Vitorino, que praticamente não enxerga com o olho direito, disse que está ansioso pelo resultado. “Até a minha pressão subiu de tanta ansiedade. Estou muito feliz”, frisou, enquanto era preparado para ser levado ao centro cirúrgico.
Maria de Fátima Rocha, 64, encerrou nesta sexta-feira uma espera de um ano e meio pela cirurgia. Assim como Vitorino, a visão de Maria de Fátima com o olho direito está mais comprometida. “Estou muito feliz em estar aqui para ser operada”, resumiu.
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