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Palestra ministrada por Leonardo Fernandes – Créditos Divulgação
Brasília – As enchentes que recentemente devastaram o Rio Grande do Sul não apenas causaram um desastre humanitário, desabrigando milhares de pessoas e interrompendo o fornecimento básico de água, energia e alimentos, mas também geraram um impacto significativo na economia brasileira.
Em resposta ao desastre, primeiramente é crucial mobilizar esforços de ajuda humanitária e reconstrução. “Existem diversas ações confiáveis que podem ser utilizadas, inclusive em Brasília. Faço o apelo para que doem e, caso não saibam de que forma, existe o site www.paraquemdoar.com.br,” fala Leonardo Fernandes, assessor de investimentos e especialista em Bolsa de Valores e Mercado Internacional. Ele explica que os próximos meses serão decisivos para avaliar a extensão dos danos e as medidas necessárias para a recuperação econômica e social do Rio Grande do Sul. O estado é essencial para a produção agrícola e industrial do país. Por este motivo, todos os olhares estão voltados para o desenrolar dos fatos a partir de agora.
Segundo o BBC News Brasil, o Rio Grande do Sul é responsável por 58% de todo o arroz produzido no Brasil, além de abrigar 15% das lavouras de soja. No setor de carnes, o estado contribui com 17% dos abates de carne suína, 13% de frango e 5% de bovina a nível nacional. As regiões mais afetadas pelas enchentes abrigam 23,7 mil indústrias, todas paralisadas devido à infraestrutura de distribuição comprometida. Leonardo Fernandes destaca a importância do estado para a economia brasileira. “Vale reforçar a relevância do Rio Grande do Sul para o país. A interrupção das atividades produtivas impacta diretamente o crescimento do PIB, o setor agrícola e a questão fiscal brasileira,” afirma.
A economia gaúcha representa 6,5% do PIB brasileiro. Com as enchentes, analistas preveem uma redução de 0,2 a 0,3 ponto percentual no crescimento do PIB nacional. Em comparação, eventos como a greve dos caminhoneiros em 2018 e o ciclone que afetou o estado no ano passado tiveram impactos semelhantes. Alguns especialistas chegam a projetar uma redução de até 0,5 pontos percentuais no crescimento do PIB devido à crise atual. Além dos impactos diretos no PIB, há uma expectativa de aumento nos preços dos produtos básicos. Durante a greve dos caminhoneiros, os preços de itens essenciais subiram mais de 80%. Para entender o impacto atual nas prateleiras dos supermercados, é necessário acompanhar a logística de transporte, a extensão das estradas e pontes intransitáveis, e o percentual da safra colhida antes das enchentes.
Dicas para os investidores
Leonardo Fernandes recomenda cautela: “Se já está envolvido, investindo em commodities e empresas que têm sede ou dependem do Rio Grande do Sul, o movimento do mercado já foi realizado. Precisará ser paciente e aguardar os próximos balanços, incentivos governamentais e, com o caminhar da situação, todas elas estão sendo favoráveis a uma recuperação adequada”. Fernandes sugere, ainda, que investidores mais conservadores se mantenham afastados desses ativos por enquanto, a menos que tenham um perfil extremamente agressivo.
Palestra “Como e Onde Investem os Grandes Investidores”
Ademais, o Leonardo ressalta a importância de estar bem informado e preparado para as mudanças no mercado financeiro. Nesse sentido, a palestra “Como e Onde Investem os Grandes Investidores”, ministrada por ele, surge como uma oportunidade para aqueles que desejam se aprofundar no tema. Promovida pela Blue3 Investimentos Brasília, a palestra acontecerá no dia 8 de junho, às 9h30, no Espaço XP do Casa Park. Voltado para pessoas interessadas em mergulhar no mercado financeiro, o evento é gratuito, mas tem vagas limitadas.
SERVIÇO
Palestra “Como e Onde Investem os Grandes Investidores”
Data: Sábado, 8 de junho de 2023
Horário: 9h30
Local: Espaço XP – Casa Park
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