Rico empresário, Leonardo Prudente era presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal quando a Operação Caixa de Pandora, deflagrada em 27 de novembro de 2009, o atingiu em cheio.
O delator, Durval Barbosa, divulgou vídeo de Prudente recebendo dinheiro de propina e colocando nos bolsos e até nas meias! Acabava ali a trajetória do empresário que virou político.
O tempo passou e Leonardo decidiu jogar o filho Rafael na política e com apoio dos funcionários de suas empresas, o elegeu distrital, e posteriormente foi reeleito e eleito presidente da CLDF.
Nas eleições de 2022, o clã Prudente resolveu apostar mais alto e decidiu investir pesado para eleger Rafael Prudente deputado federal (MDB). Os discursos pró-Brasília eram animados e contundentes.
Rafael foi eleito mas não conseguiu se destacar em meio aos demais 512 parlamentares na Câmara dos Deputados.
Mas a grande decepção com Rafael Prudente foi o fato dele ter sido o único parlamentar da capital do país que simplesmente não participou da importante votação a favor do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), a mais importante para Brasília na história recente.
No dia 22/8, a Câmara dos Deputados decidiu manter o FCDF fora do limite de crescimento anual do novo regime fiscal. Se o fundo fosse submetido ao arcabouço, o DF poderia perder R$ 87,7 bilhões em 10 anos, gerando enorme prejuízo para a cidade.
Políticos e até ex-políticos do Distrito Federal fizeram um grande esforço conjunto, independentemente de partido, para salvar o FCDF, que custeia a segurança e parte da saúde e educação da capital do país.
Durante a votação na Câmara, os sete dos oito deputados federais da capital do país votaram para salvar o FCDF. Apenas Rafael Prudente ficou ausente mesmo morando confortavelmente no DF.
Na prática, Rafael Prudente traiu a população do Distrito Federal. Segundo informações, ele ficou com “birrinha” por ter perdido o comando do MDB no DF para o deputado distrital e presidente da Câmara Legislativa do DF, Wellington Luiz.
O parlamentar, filho do ex-político que ficou conhecido como o “deputado do dinheiro na meia”, parece também não ter aprendido que é preciso respeitar a cidade e o eleitor para se manter na vida pública.
A imprudência de Rafael Prudente lhe custará caro em 2026, porque o povo brasileiro passou a ter memória.
Político que não respeita a população do DF não merece permanecer na vida pública.
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