Força-tarefa acredita que compra de imóvel e informações financeiras podem explicar esquema de corretagem no Carf. Ex-ministra diz que recursos para compra de residência têm origem lícita
Erenice deixou a Casa Civil em 2010, após suceder a então candidata à Presidência Dilma Rousseff, por suspeita de tráfico de influência e corrupção. Em 2012, a maior parte das investigações foi arquivada, mas uma foi reaberta, conforme noticiou o Correio em 27 de março. Investigadores da Zelotes avaliam que a informação sobre a aquisição da residência é importante. Há mais de um mês, procuradores e policiais traçaram o que é preciso fazer para dar continuidade à apuração.
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De acordo com um deles, a alegação de que a ex-ministra usou um intermediário para fugir de especulação imobiliária na compra do imóvel é frágil. Mas ainda há centenas de informações da quebra de sigilo bancário da ex-ministra para analisar. Ela está entre as cerca de 300 pessoas e empresas que foram alvo desse tipo de medida ordenada pelo juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney Oliveira.
As informações que a Zelotes tem sobre os negócios de Erenice com o setor elétrico não passaram despercebidas pelos investigadores. No entanto, se houver indícios de irregularidades nisso, as evidências deverão ser enviadas a delegados e procuradores que atuam em outras operações.
Erenice tem relação com réus condenados da Zelotes. Em 2010, um laudo da PF relatou que ela que e seu irmão Antônio Carvalho “negociaram com José Ricardo Silva (ex-conselheiro do Carf) a nomeação de pessoas para ocuparem posições” no colegiado. Anos depois, José Ricardo, que era julgador no órgão, se uniu a Erenice na defesa da empresa de telecomunicação Huawei em um processo no próprio Carf. Investigadores da Zelotes dizem possuir uma mensagem de correio eletrônico que comprova que a ex-chefe da Casa Civil foi quem indicou José Ricardo para o conselho.
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