Investigado pela CPI da Saúde assume subsecretaria no GDF

No apagar das luzes, o Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) do dia 30 de dezembro trouxe a nomeação de um dos envolvidos no suposto esquema de propina na saúde e investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa. Marcello Nóbrega tornou-se subsecretário da Administração-Geral da Secretaria das Cidades.

Ele teve o seu nome mencionado em conversas gravadas pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (SindSaúde), Marli Rodrigues, sobre suposta corrupção em contratos do governo. Para virar subsecretário, Nóbrega deixou o cargo de assessor especial da pasta das Cidades, onde recebia R$ 10.351,54 por um CNE-03. Na nova função, passará a ganhar R$ 12.007,79.

Não é a primeira vez que o comissionado – visto dentro do GDF como homem de extrema confiança do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) – se torna subsecretário. Marcello Nóbrega já havia ocupado o posto na Secretaria de Saúde, antes de ser acusado de corrupção por Marli, durante depoimento à CPI, em 19 de agosto do ano passado.

Marcello Nóbrega também foi sabatinado pela CPI durante audiência na Câmara. O maior foco de atenção dos distritais foi em relação a um contrato específico de uma empresa para manutenção de veículos, a Tícket Car, que aparece nas gravações feitas por Marli. Nóbrega disse que foi apenas o responsável por demandar a contratação do serviço, mas negou participação ou influência na definição da modalidade de contrato e na empresa escolhida.Procurado pelo Metrópoles, o presidente da CPI da Saúde, deputado distrital Wellington Luiz (PMDB), afirmou que Marcello Nóbrega permanece sendo investigado pela CPI. “Ele pouco respondeu aos nossos questionamentos e muitas suspeitas ainda permanecem. De qualquer forma, não me surpreende a decisão do governo em nomeá-lo. Aliás, nada mais me causa surpresa nesse governo”, disse.

A reportagem entrou em contato com o Palácio do Buriti para falar sobre a nomeação de Marcello Nóbrega, mas até o fechamento desta reportagem o GDF não havia se pronunciado.

Fonte: METROPOLES

 

 

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