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    Izalci entrega à CAE relatório de grupo de trabalho sobre reforma tributária e propõe 70 alterações no projeto

    O senador Izalci Lucas (PL-DF) apresentou nesta terça-feira (29) o relatório do grupo de trabalho da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sobre a regulamentação da reforma tributária. O grupo foi criado em agosto pelo presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), para analisar o projeto de lei complementar (PLP 68/2024).

    No texto, Izalci diz ter dúvidas sobre a eficácia da reforma tributária. “Há fundado receio quanto à neutralidade tributária anunciada, pois, se nenhuma alteração for efetivada, muitos setores sofrerão aumento significativo de carga tributária. O resultado será aumento de arrecadação às custas de empregos e investimentos privados sem contrapartida aos contribuintes”, argumenta o senador.

    Durante a entrega do relatório, Vanderlan elogiou o resultado apresentado pelo grupo de trabalho.

    — Foram encontros com diversos especialistas dos setores impactados pelo texto da proposta em discussão. O relatório do senador Izalci certamente irá levar ao relator da matéria, senador Eduardo Braga, sugestões de aperfeiçoamento de extremo valor — disse.

    A CAE realizou 21 audiências públicas com representantes do setor produtivo, que embasaram o relatório. Izalci propõe 70 alterações no projeto. Como ele não vai passar pela CAE, as sugestões serão encaminhadas ao senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da regulamentação da reforma tributária na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

    O líder do governo em exercício, senador Otto Alencar (PSD-BA), também participou da apresentação do relatório e recebeu uma cópia do texto.

    Mudanças

    Veja algumas das mudanças propostas no relatório do grupo de trabalho:

    • Isenção do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para sindicatos, federações e confederações sindicais patronais
    • Isenção para doações de quaisquer bens ou serviços sem contraprestação em benefício do doador
    • Redução a zero das alíquotas do IBS e da CBS para alimentos medicinais, destinados a pessoas com erros inatos do metabolismo
    • Inclusão na Cesta Básica Nacional de Alimentos de todos os óleos vegetais destinados à alimentação humana, sucos sem adição de açúcar e conservantes, fungos e castanhas (os alimentos da cesta básica são isentos de IBS e CBS)
    • Supressão da incidência do Imposto Seletivo (IS) sobre bebidas açucaradas
    • Redução em 75% da base de cálculo do IBS e da CBS para entregadores e motoristas de aplicativo
    • Redução de 60% das alíquotas do IBS e da CBS para:
      • Fornecimento de dispositivos médicos (inclusive por meio de leasing e locação), home care, esterilização e instrumentação cirúrgica e serviços veterinários
      • Fornecimento de alimentação por bares e restaurantes, inclusive lanchonetes
      • Serviços de hotelaria, parques de diversão, parques temáticos e agências de turismo
      • Protetores solares (mediante inclusão na lista de produtos de higiene pessoal beneficiados por essa redução)
    • Redução de 30% das alíquotas do IBS e da CBS para representantes comerciais
    • Permissão para que contribuinte do Simples Nacional mudem de regime de recolhimento do IBS e da CBS duas vezes por ano (o texto atual prevê apenas uma mudança anual de regime)
    • Inclusão dos serviços de telecomunicações entre aqueles que podem conceder cashback

    Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

     

     

     

    Fonte: Agência Senado

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