Justo Magalhães presidente da ACIT: ‘Rollemberg se tornou refém da Câmara Legislativa’

Justo Magalhães, presidente da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga. Foto: reprodução.

Por Delmo Menezes

Justo Magalhães Moraes, empresário e presidente da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (ACIT), nesta entrevista exclusiva concedida ao Agenda Capital, fala do orgulho de ser morador de Taguatinga, e revela o desejo de se candidatar a deputado distrital tendo como base Taguatinga e redondeza. Ele reside há mais de 50 anos na cidade, onde criou sua família e se tornou comerciante na área de confecções.

Justo Magalhães fala sobre corrupção, o seu envolvimento com a política, a gestão de Rollemberg e a necessidade de renovação da Câmara Legislativa do DF.

Leia a entrevista na íntegra:

AC – Informações de bastidores dão conta que o senhor é pré-candidato a deputado distrital. O senhor confirma esta informação?

Justo – Sim, é verdade. Sou pré-candidato a deputado distrital depois de ouvir muito as pessoas da cidade que me procuram a cerca de 01 ano. No início eu andei relutando muito, mas devido a história que tenho na cidade, resolvi aceitar este desafio. Não por vaidade, mas pela história que tenho na política, no esporte, na cultura e como empresário da cidade. Os amigos que me procuram, dizem que tenho este perfil, sendo assim resolvi assumir esta responsabilidade.

AC – Como o senhor avalia a classe política em tempos de Lava Jato, onde muitos políticos aparecem envolvidos em corrupção?

Justo – Acho que é importante as pessoas que tem história e levam uma vida honesta, entrarem na política. É a única forma que vejo de consertar o país. A política está assim por causa da omissão do próprio eleitor. Meu pai dizia que com a porta aberta até uma pessoa honesta peca. Temos que fechar a porta para os corruptos. Não podemos admitir que pessoas que olham somente para seu próprio umbigo, voltem a ocupar uma cadeira no legislativo. Tem políticos que só querem o mandato para conseguir mais prestígio, poder e as vezes até o dinheiro. Então é necessário que pessoas de bem ocupem este espaço, para gente tirar da política essa erva ‘daninha’ que corrompe nosso país.

AC – Ao colocar seu nome na disputa, como tem sido a recepção por parte do empresariado e da população de Taguatinga?

Justo – Do pequeno empresariado estou recebendo apoio total. Por onde passo os comerciantes me pedem para sair candidato. As adesões têm aumentado por todos os lados, sempre de forma anônima. Não me preocupo com os holofotes e nem sair nos grandes veículos de comunicação. A população reconhece nosso esforço à frente da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga. Isso para nós é muito positivo.

AC – Como o senhor avalia a atuação do governo Rodrigo Rollemberg nos 03 primeiros anos de gestão?

Justo – O governo de Rodrigo Rollemberg tem me causado muita tristeza. Não tem correspondido aquilo que se esperava dele por diversas razões. Acho que é um homem sério, honesto, porém tem sido mal assessorado, por pessoas com pouco conhecimento prático do nosso Distrito Federal. Acho que sua equipe de governo é muito teórica e pouco prática. Temos muitos problemas principalmente na área da saúde e segurança. São problemas graves nestas duas pastas. Na saúde temos visto diariamente pessoas reclamando da falta de profissionais e insumos para atendimento aos pacientes. As Upas não funcionam como deveriam para desafogar os hospitais. A segurança está horrível, a quantidade de assaltos tem aumentado a cada dia. Os bandidos estão dominando tudo. Eu acredito que o governo tenha que repensar sua equipe.

AC – Que nota o senhor daria para atuação da Câmara Legislativa do DF?

Justo – Dou uma nota 5,0 para a Câmara Legislativa, porque poucos parlamentares realmente têm cuidado do coletivo. Pressionam o governo para atender seus próprios projetos. É o famoso toma lá, dá cá que a população não aguenta mais. É um balcão de negócios na área de cargos, do poder pelo poder, e as vezes até com algumas vantagens. Muitos distritais acabam fazendo do governador um refém. Temos que eleger uma nova Câmara Legislativa, com princípios e que seja a favor do povo.

 

 

Fonte:  Agenda Capital

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