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    Lei do Autocontrole e Condenações são destaques no 25ª SBSA

    SANTA CATARINA – O segundo dia do 25º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) iniciou com a programação científica do Bloco Abatedouro, incluindo as palestras de Liris Kindlein e Ricardo Pivatto. Organizado pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), o evento ocorre no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC), até quinta-feira (10). O Simpósio é considerado um dos maiores da América Latina e debate o cenário da avicultura a partir de uma programação científica com 16 palestras, feira de negócios e networking.

    A manhã desta quarta-feira (9) iniciou com aprendizados compartilhados pela médica veterinária e doutora em Ciência Animal, Liris Kindlein, que abordou “A Lei do autocontrole (14.515)”, a qual determina que empresas do setor agropecuário criem sistemas de autocontrole para manter rebanhos, lavouras e produtos saudáveis. A lei é um novo modelo de sistema de fiscalização e inspeção no Brasil. Conforme a palestrante, a sua implementação permite que as empresas assumam maior responsabilidade pela segurança e qualidade dos seus produtos, com o objetivo de reduzir a burocracia estatal e agilizar os processos de fiscalização.

    Ainda, a nova lei busca promover a inspeção tecnológica e higiênico-sanitária dos processos para assegurar a qualidade e inocuidade de produtos de origem animal ou vegetal oferecidos ao consumidor. “É um tema moderno quando se pensa em legislações que compartilhem responsabilidades do setor privado e do setor público. É algo que estamos buscando há anos no Brasil. Outros países já fazem isso, então precisamos estruturar e ter maturidade suficiente para poder ter responsabilidade igual ou compartilhada do governo junto ao setor privado”, frisou.

    Liris esclareceu que as empresas já realizam diversos programas de autocontrole dentro de seus sistemas, com controle de processos e de produtos. “A lei faz com que regularmente algo que já é executado, porém, com mais responsabilidade sobre isso. A fiscalização e a inspeção são governamentais e continuarão em forma de auditorias, de monitoramento e verificação dos programas de autocontrole das empresas”, destacou.

    A palestrante pontuou ainda que as entidades privadas devem implementar programas de autocontrole e garantir rastreabilidade dos produtos, fiscalização baseada em auditorias e análise de risco, além de trabalharem ancorados na conformidade e relatórios de monitoramento. Já para as entidades públicas, é fundamental o desenvolvimento de diretrizes para implementação eficaz da legislação, apoio técnico e supervisão de boas práticas.

    ESTRATÉGIAS E DESAFIOS DAS CONDENAÇÕES NA AVICULTURA

    Formado em Tecnologia em Eletromecânica pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), especialista em Controle e Automação e acadêmico de Medicina Veterinária pela Uningá, Ricardo Pivatto, acumula 25 anos de experiência profissional no setor avícola. Pivatto foi o segundo palestrante, nesta manhã, no 25º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA). Também dentro do bloco Abatedouro, ele explorou o tema “Condenas: uma visão no mundo”.

    Pivatto explanou sobre práticas eficazes para reduzir condenações, como o manejo adequado das aves, ventilação eficiente, manuseio cuidadoso e alimentação balanceada, rica em nutrientes essenciais, para fortalecer o sistema imunológico e diminuir a incidência de doenças que levem à condenação. “Discutimos o assunto sobre uma visão no Brasil, mas com um olhar global, comparando o que a gente consegue atingir em termos de números de condenas com que os nossos principais players no mundo atingem, como Estados Unidos e Europa”, explicou.

    O palestrante detalhou que, para melhorar os índices do Brasil, é fundamental avaliar as condições do país em comparação a esses outros países. “O Brasil tem um volume de condenas um pouco mais alto que outros países, principalmente pelos métodos que nós exportamos. Nosso produto alcança mais de 170 países, então requer uma condição sanitária muito boa. Nós temos alguns desafios sanitários no processo e na inspeção, mas já evoluímos bastante, quanto a tecnologias também”, completou.

     

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