Neste domingo (21), a Polícia Civil do Distrito Federal perdeu um grande nome. Morreu o perito-papiloscopista José Luiz Ravena, após uma batalha contra o câncer.
A história de luta de José Luiz Ravena se confundiu com a própria história de Brasília. Nascido em Penápolis – SP, tinha apenas 5 anos de idade quando chegou ao DF com seus pais e foram morar em Taguatinga
Estudou na antiga escola Coração de Maria que depois virou Stella Maris. O Segundo Grau foi em escola pública, no CETN. Formou-se em Comércio Exterior e Desenho Industrial e era pós graduado em Segurança Pública.
Começou a trabalhar muito cedo como técnico em eletrônica. Trabalhou no Hospital das Forças Armadas, na Secretaria de Educação e na Polícia Civil do Distrito Federal, sempre aprovado em concurso público.
Casado e pai de 3 filhos, sempre foi uma liderança nata na sociedade do DF por onde passou. Aos 20 anos já estava lutando e cobrando do Governo Collor de Melo, melhorias para o HFA. Participou de vários projetos na Secretaria de Educação, dentre eles, “A escola bate a sua porta”, “Combate a evasão escolar” e “O álcool Mata”.
Já na Polícia Civil, como Papiloscopista Policial, Ravena desenvolveu o Projeto “Polícia e Educação, Cidadania na Mão” e palestrou para mais de 150 escolas públicas e Particulares. Em 1999, assumiu a Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas- ASBRAPP e durante os 12 anos, desenvolveu um trabalho de excelência em busca da valorização e modernização da categoria.
Ravena foi responsável por grandes conquistas, como planos de saúde, auxílios e convênios para os colegas. Foi o responsável pela adequação da nomenclatura bem como a modernização do cargo de Peritos Papiloscopistas. A moderna sede própria da entidade foi também uma das grandes conquistas.
Realizou cursos, seminários e congressos nacionais e internacionais. Buscou junto ao Ministério da Saúde a construção de um Hospital da PCDF, sem custo para a corporação, porém por falta de interesse das lideranças, não foi realizado. Lutou também pela construção da escola para os filhos dos policiais civis aos moldes dos colégios militares, e ainda não desistiu.
Teve em sua história um forte ativismo por causas comunitárias desde sua adolescência, seja fiscalizando, denunciando ou sugerindo melhorias para o Distrito Federal. Desde um simples buraco na via a um serviço mal prestado pelo governo, quer seja na saúde, educação ou segurança, nada passou sem que ele se manifestasse.
Em 2018, Ravena liderou a carta aberta de Taguatinga, envolvendo toda a comunidade em busca de soluções. Foram 1600 propostas de melhorias apresentadas pela comunidade aos governantes. O trabalho repercutiu de tal forma que foi lembrado pela comunidade para ser o administrador de Taguatinga.
Nos últimos 35 anos, José Luiz Lopes Ravena se tornou um defensor de Brasília. A política sempre esteve longe de suas pretensões, nunca exerceu cargos ou indicações políticas, embora sempre tenha sido convidado.
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Em 2022 foi convidado pelo Comandante Wiston a fazer parte de uma frente conservadora que o levou a sair a candidato a deputado distrital pelo PRTB. Não foi eleito mas a experiência valeu a pena.
Cristão, defensor da família, da pátria e da liberdade, seu trabalho sempre foi uma ação silenciosa. Que Deus conforte a família neste momento de dor e saudade.
Para relembrar:Ravena teve uma participação elogiadíssima no Programa do Jô. Confira: