A interlocutores, Bebianno tem deixado clara sua mágoa com a atitude do vereador do Rio de Janeiro que tentou lhe cunhar a pecha de mentiroso
Magoado, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, se sente traído e abandonado e não deve poupar o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, caso se concretize sua exoneração nesta segunda-feira.
A interlocutores, Bebianno tem deixado clara sua mágoa com a atitude do vereador do Rio de Janeiro que tentou lhe cunhar a pecha de mentiroso. Em conversas, o ministro diz que o “ciúme exacerbado” que Carlos tem do pai foi posto acima do projeto de melhorar o País, ao qual ele se empenhou nos últimos anos, como coordenador e incentivador da campanha de Bolsonaro desde os primórdios.
Ao conquistar a empatia de Jair Bolsonaro, Bebianno virou automaticamente um alvo de Carlos, avaliam o ministro e seus interlocutores.
O ministro, por sua vez, enxerga no vereador uma pedra no sapato do presidente, e só se refere a Carlos com adjetivos que desqualificam sua capacidade intelectual. O ministro pode guardar cartas na manga com o potencial de expor Carlos, inclusive com consequências para o pai.
Pessoas próximas dizem que ele não terá receio em fazer isso. “Ele vai atirar”, aposta um interlocutor diário. Mas o alvo não é o presidente, embora a artilharia possa respingar em Jair. O ministro nega que tenha qualificado o presidente como “louco, um perigo para o Brasil”, como relata o colunista Lauro Jardim, no Globo. “Não, não disse isso”, afirmou Bebianno, quebrando o silêncio que se impôs neste domingo em conversa com o jornal O Estado de S. Paulo.
Por enquanto, no entanto, Bebianno está se resguardando. Ele quer aguardar o desfecho oficial de seu papel no governo, com a publicação de sua saída no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira.
“Preciso esfriar a cabeça”, disse Bebianno neste domingo a interlocutores.
Votei no Bolsonaro na espectativa de um novo governo. Com atitudes serias, nacionalista e cristão em prol da família e da moralidade. Mas o que percebemos é, um governo que ainda não disse a que veio. As repetição do mesmice, a intromissão dos filhos do presidente e projeto de famigerada reforma da previdencia que mantém os previlegios dos já privilegiados e a crucificação mas ainda os mais sofridos. Ninguém votou no Bolsonaro em cima de proposta previdenciária. Mais uma vez, o povo se ver traídos em seus anseios. Chega!