Levado para depor coercitivamente durante a Operação Timóteo, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (16/12), o pastor Silas Malafaia usou sua conta no Twitter para desabafar sobre a acusação de lavagem de dinheiro, por supostamente ter emprestado contas correntes da igreja sob sua influência com a intenção de ocultar valores de origem ilícita.

Na rede social, Malafaia afirmou que recebeu uma oferta de R$ 100 mil de um membro da igreja do pastor Michael Abud. “Não sei e não conheço o que ele faz. Tanto é que o cheque foi depositado em conta. Por causa disso sou ladrão? Sou corrupto? Recebo ofertas de inúmeras pessoas”, disse.

O pastor seguiu nos tweets garantindo que declara tudo que recebe à Receita Federal em seu Imposto de Renda. “Quer dizer que se alguém for bandido e me der uma oferta, sem eu saber a origem, sou bandido?”, continuou. Ele também se defendeu afirmando que condução coercitiva foi uma tentativa de desmoralizá-lo perante à opinião pública. “Não poderia ter sido convidado para depor? Vergonhoso.” Ele também postou um vídeo:

A operação investiga um esquema de corrupção que fraudava os valores de royalties de mineração devidos por mineradoras a municípios. Estão sendo cumpridos mandados no Distrito Federal e em 11 estados. O nome da operação é referência a uma passagem do livro Timóteo, integrante da Bíblia Cristã: “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição”.

Confira os tweets do pastor: