Eleito senador graças ao expressivo apoio de Jair Bolsonaro, o ex-astronauta Marcos Pontes anda derrapando na atmosfera politica em Brasília, ao decidir se lançar candidato à presidência do Senado sem o consentimento do PL e de Bolsonaro.
Nesta segunda-feira (20), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma pública cobrança ao senador Marcos Pontes (PL-SP) por sua tentativa de concorrer à presidência do Senado, cargo que ficará vago com o fim do mandato do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como presidente do Congresso em fevereiro. Bolsonaro reforçou em diversos momentos que o senador não tem chance de ser eleito presidente do Senado e citou a derrota do senador Rogério Marinho (PL-RN) ao cargo.
“Se não conseguimos ganhar com o Rogério Marinho, que é um baita articulador, não vai ser com você”, afirmou.
Em Brasília, Pontes é um daqueles políticos sem expressão, sem grupo, sem bom senso que não tem a mínima condição de aglutinar apoio ao seu utópico projeto de se tornar presidente do Senado, o que levanta a tese dele estar atuando para ajudar a esquerda a deixar o PL de fora das negociações da Mesa.
Pontes não percebeu ainda que, na política, às vezes é preciso recuar para avançar lá na frente. Bolsonaro está certo porque no momento a direita precisa conquistar Comissões e em 2026, mais cadeiras no Senado. Esse é o jogo político que precisa ser jogado, e Pontes está atuando para ajudar a esquerda no sentido de enfraquecer o PL e seus acordos políticos com vistas a ter espaço nas Comissões da Casa.
O ex-presidente afirmou que Pontes pode tirar o Partido Liberal da mesa de comissões e que essas vagas irão fortalecer “o outro lado”.
“Quando você não tem uma vaga na mesa, você está dando para outro partido de oposição a nós. Você está fortalecendo o outro lado por uma ambição pessoal”, reclamou Bolsonaro com total razão.
Pontes deveria ter vergonha na cara por cuspir no prato do PL que o colocou no Senado. O sujeito parece mesmo viver no mundo da lua… ou faz jogo duplo.
Sem citar nome, o senador Izalci Lucas (PL-DF) saiu em defesa do partido e de Bolsonaro.
“O PL tem gratidão e respeito aos posicionamentos de Bolsonaro e somos um grupo político forte que tem estratégia montada para agora e 2026. É preciso prudência, unidade e acima de tudo, seguir o comando político de nosso líder maior, Jair Messias Bolsonaro. Todos precisam estar afinados com as diretrizes políticas de nosso presidente de honra”, afirmou.
O fato é que Pontes, consumido pelo ego ou usado pela esquerda, criou uma situação ruim para ele, que, caso não mude, definitivamente sepultará sua permanência na vida pública, ou seja: não será reeleito. Não há espaço para traidores nem ingratos na política.
Dentro do PL, a expectativa é que o ex-astronauta coloque a mão na consciência e volte a ter os pés no chão. Além, claro, de ter a humildade de pedir perdão a Bolsonaro pelo deslize.