Ações buscam promover o controle populacional ético de cães e gatos e combater maus-tratos. Alunos do curso de Medicina Veterinária do UNICEPLAC participam do projeto
O Governo Federal lançou, neste mês de abril, o Programa Nacional de Proteção e Manejo Populacional Ético de Cães e Gatos (ProPatinhas) e o Sistema do Cadastro Nacional de Animais Domésticos (SinPatinhas). As iniciativas, geridas pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), representam um marco na proteção e garantia do bem-estar de cães e gatos em todo o território nacional.
No âmbito do ProPatinhas, o SinPatinhas oferece à sociedade o registro de cães e gatos de forma gratuita, sem qualquer tipo de cobrança ou taxa. O objetivo é centralizar informações sobre animais domésticos em uma base de dados unificada, voltada à gestão de políticas públicas direcionadas à saúde e à proteção animal.
“O SinPatinhas é um sistema nacional de identificação de cães e gatos no Brasil. É o RG dos nossos animais. A partir dele, podemos ter uma noção mais precisa da população de cães e gatos existente no país. Com o registro, poderá ser realizada a microchipagem do animal. Com isso, caso ele se perca, será mais fácil localizar os seus tutores, por exemplo”, destaca a professora Daniella Ribeiro Mendes, coordenadora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário UNICEPLAC.
Inicialmente, a campanha visa microchipar 20 mil animais no DF e Entorno. Além disso, será possível acompanhar a vacinação dos animais, reduzindo o risco de transmissão de doenças, e monitorar a quantidade de animais castrados, o que contribui para o controle populacional.
Como funciona a microchipagem
A professora Daniella explica que a microchipagem consiste basicamente na implantação de um microchip — do tamanho de um grão de arroz — sob a pele do animal, geralmente na região da nuca. Esse microchip contém um código único de identificação, que é registrado com os dados do tutor no SinPatinhas.
“É importante entender que não se trata de um GPS, ou seja, ele não rastreia a localização do pet em tempo real. Mas, se o animal for encontrado e levado a uma clínica veterinária ou centro de controle de zoonoses, o profissional poderá usar um leitor de microchip para identificar o código e entrar em contato com o tutor rapidamente”, explica.
O procedimento é rápido e semelhante à aplicação de uma vacina. “Utiliza-se uma seringa específica para inserir o chip sob a pele. Não é necessário anestesiar o animal e o desconforto é mínimo”, completa a professora Daniella.
Parceria UNICEPLAC
As ações terão início ainda neste semestre, e o UNICEPLAC será um dos parceiros do projeto. “Trabalharemos no cadastramento e na microchipagem dos animais. Nessas atividades, utilizaremos a infraestrutura da clínica veterinária do UNICEPLAC, além da participação dos nossos professores e estudantes. Cerca de 100 discentes estão envolvidos na iniciativa. Eles irão participar de todas as etapas do projeto, contribuindo com a orientação dos tutores, o cadastramento e a aplicação da técnica de microchipagem”, destaca Daniella.
A parceria surgiu a partir de um convite do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que reconhece a importância das instituições de ensino superior nessa ação estratégica.