Ministro marcou pronunciamento logo após saber, na manhã desta sexta-feira (24/04), sobre a exoneração de Valeixo da Polícia Federal
“Sobre a exoneração de Valeixo, fiquei sabendo pelo diário oficial. não assinei esse decreto”, disse. “Fui surpreendido, e achei que isso foi ofensivo”, disse. Ele destacou que, frente a isso, não tem mais como ficar no cargo. “Com essa exoneração, [Bolsonaro] mostra que não me quer no cargo”, afirmou.
Ao destacar que teria recebido “carta branca” de Bolsonaro para nomeações na pasta, ele avaliou que a exoneração foi uma “violação” desse acordo e uma “interferência política” na PF. “Não é só troca do diretor-geral, havia também intenção de trocar superintendentes”, prosseguiu.
“Presidente queria alguém para ligar, colher informações , colher relatórios de inteligência. Isso não é papel da Polícia Federal”, prosseguiu. “O grande problema é que não é tanto essa questão de quem colocar, mas por quê colocar, e permitir que seja feito a interferência política no âmbito da Polícia Federal”, prosseguiu.
Ele destacou a proximidade que um anúncio desses gera entre as pessoas, como jornalistas e membros do governo, em tempos de pandemia de coronavírus. Em suas primeiras palavras, Moro destacou ter recebido “carta Branca”, do presidente Jair Bolsonaro para conduzir o trabalho na Justiça.
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“Lamento esse evento na data de hoje, estamos passando por uma pandemia, do covid-19, temos uma informação lamentável de 407 óbitos”, disse. “Foi inevitável, mas peço a compreensão. Não foi por minha opção”, complementou.
Carta branca
Moro informou nesta sexta-feira (24/04) que recebeu carta branca do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para nomear cargos da pasta quando foi convidado para participar do governo.