Sarah Teófilo, Jornal Opção
Com nomes sempre criativos, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou na manhã desta terça-feira (1º/4) a Operação Poltergeist (evento sobrenatural que se manifesta com o aparecimento ou desaparecimento de objetos, ruídos, entre outros), que investiga desvio de recursos públicos por meio de contratações de servidores fantasmas na Assembleia Legislativa e Câmara Municipal. De acordo com os promotores de Justiça envolvidos no caso, a fraude ocorre com a contratação de funcionários que não trabalham e repassam parte do salário para integrantes da organização. Está sendo analisada a possível utilização de notas fiscais de serviços não realizados para desvio de recursos do gabinete, assim como fraude em licitação.
Estão sendo cumpridos, com a cooperação da Polícia Militar e a participação de 31 promotores de Justiça, 13 mandados de prisão e 29 de conduções coercitivas, além de mandados de busca e apreensão, realizados em gabinetes específicos da Assembleia Legislativa de Goiás e da Câmara Municipal de Goiânia. Promotores e policiais já cumpriram mandado de busca e apreensão na assessoria da diretoria geral e na diretoria geral da Assembleia Legislativa de Goiás.
Cerca de 150 policiais militares participam da operação. Os mandados são cumpridos em Goiânia, Catalão, Iporá e Minaçu. A operação obteve o apoio da Procuradoria-Geral de Justiça, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI).