Nota à imprensa

O Sindicato dos Policiais Civis do DF vem a público manifestar preocupação com os fatos ocorridos no dia 23/03, durante uma briga de trânsito, quando um taxista e um policial civil teriam entrado em vias de fato.
Sem entrar no mérito dos fatos, que ainda estão sob investigação, condenamos a exposição do nome completo, fotografia e dados funcionais de um servidor público, em contrariedade com preceitos constitucionais que garantem a preservação da imagem e da intimidade das pessoas.
Como dissemos, os dados ainda estão sob apuração da Polícia Civil, a quem cabe investigar todas as circunstâncias ocorridas em via pública.
Praticamente ninguém sabe o que aconteceu antes, durante e após a gravação do vídeo que circulou amplamente nas redes sociais e meios de comunicação.
Sempre que há a divulgação de um crime a imprensa toma os cuidados necessários para não divulgar nomes e fotografias de suspeitos. Quando se trata de um policial, entretanto, não se sabe como, rapidamente surgem na televisão, em horário nobre, a foto e o nome completo do servidor.
É de causar estranheza o fato de que, normalmente, somente quem tenha acesso a esses dados sejam órgãos oficiais.
Lamentamos o episódio, uma vez que pregamos maiores investimentos em segurança e maior atenção à saúde mental dos policiais civis. Tudo isso em uma semana em que, tragicamente, houve o registro de dois suicídios no meio policial.
Protestamos ainda pela prisão precipitada do policial civil, em razão de opiniões de internet, preconceitos e pressões externas. Como órgão técnico, a PCDF, por meio de sua corregedoria, deveria, antes de pedir a prisão, aprofundar as investigações. Pelo vídeo é possível verificar que o taxista tenta arrancar a arma das mãos do policial. Se houvesse intenção de matar, o agente poderia ultimar essa intenção. Ao contrário, o policial entra em seu veículo e vai embora. O que pode ser visto no vídeo é um caso clássico de legítima defesa.
E por qual razão até agora não foram mencionados os três ou quatro casos de agressão, inclusive no trânsito, dos quais o taxista foi parte envolvida, uma delas, o taxista agride fisicamente, uma pessoa que se envolveu com ele numa situação de possível atropelamento?
O Sinpol/DF acompanha, por meio de seus advogados, a situação envolvendo um de seus filiados e cobra acompanhamento psicológico e psiquiátrico ao policial envolvido. Além, é claro, de preservação de todos seus direitos e garantias constitucionais.

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