Karina Michelin
A denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro é um ataque direto à democracia e à liberdade, institucionalizando o autoritarismo sob o manto da legalidade.
Acusações de tentativa de golpe de Estado e organização criminosa são baseadas em ilações e delações contraditórias, sem provas concretas. Não há armas, ordens militares ou estrutura golpista comprovada. Trata-se de uma narrativa fabricada para criminalizar um adversário político e impedir seu retorno ao poder, colocando uma pedra sobre o jazigo, selando o domínio de uma casta política sobre as instituições e sufocando qualquer resquício de oposição real no país.
A seletividade do processo é evidente. O mesmo Supremo Tribunal Federal que “descondenou” um corrupto condenado em três instâncias agora busca condenar Bolsonaro sem evidências sólidas. Enquanto crimes e escândalos bilionários de corrupção são ignorados, mantendo os perpetradores no poder.
Os eventos de 8 de janeiro serviram para criar um inimigo fictício interno. Cidadãos comuns foram presos e condenados a penas desproporcionais, instaurando o medo e mostrando que qualquer desafio ao sistema será punido severamente sem provas, sem nenhuma piedade.
Vivemos sob um regime que utiliza tribunais para perseguir opositores, prende sem julgamento adequado, controla a imprensa com verbas públicas e censura vozes dissidentes sob o pretexto de “combate à desinformação”. Quem expõe essa realidade é acusado de “atacar a democracia”.
O sistema tem como objetivo erradicar completamente o bolsonarismo, classificando-o como um movimento “fascista”. Essa narrativa não apenas deturpa a realidade, mas também serve para justificar medidas autoritárias contra aqueles que ousam discordar do regime atual. Ao silenciar milhões de vozes e sufocar a democracia, nega-se até mesmo a legitimidade da própria existência.
A farsa está montada. O propósito não é justiça, mas sim vingança e controle absoluto para manter o status quo a qualquer custo.
