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    O outro lado da inteligência artificial: saiba como se proteger de golpes virtuais

     

    Popularização das IAs contribui para aumento de 13% nas fraudes on-line no Brasil

    Rolando a tela do Tiktok, é comum encontrar vídeos utilizando filtros que transformam fotos em animações dançantes ou falantes, uma prova de como a evolução das inteligências artificiais enriquece a criação e o entretenimento no dia a dia. No entanto, a internet pode ser um verdadeiro campo minado, com perigos escondidos em mensagens de WhatsApp, e-mails e conteúdos de redes sociais.

    Disfarçados como lojas e promoções tentadoras, golpistas iniciam conversas no WhatsApp, induzindo a clicar em links fraudulentos. Essas ações, muitas vezes realizadas por chatbots, contribuíram para os quase dois milhões de estelionatos registrados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, divulgado em julho deste ano. Entre os crimes mencionados no anuário, os golpes virtuais tiveram um aumento de 13,6%.

    “O phishing com IA e os chatbots são técnicas utilizadas por golpistas para enganar pessoas. São mensagens de e-mail ou redes sociais que aparentam vir de fontes confiáveis, mas ao clicar em um link, a vítima é redirecionada para um site falso”, explica o coordenador e professor do curso de Bacharelado de IA do Biopark Educação, Leonardo Tampellini.

    Outra forma de golpe envolve o uso de uma ferramenta de inteligência artificial semelhante aos filtros das redes sociais: o deep fake. Essa técnica permite transformar uma foto em vídeo ou alterar as palavras ditas em um áudio, mantendo a voz original. Golpistas utilizam esse recurso para se passar pela vítima após hackear uma conta no Instagram, intercalando postagens falsas com links para jogos de azar.

    Para diminuir os riscos, é importante atenção a esses três cuidados diários: 

    • Verificação

    As mensagens costumam apresentar erros de ortografia, especialmente em golpes internacionais, em que a tradução pode ser imprecisa. “Sempre verifique a origem da propaganda. Se ela vem de uma conta não verificada ou desconhecida, é provável que seja falsa. Prefira sempre utilizar e conferir perfis oficiais e sites confiáveis”, alerta Leonardo.

    • Desconfie 

    Para direcioná-lo aos links, os golpistas geralmente utilizam diversas estratégias atraentes. Desconfie de ofertas que pareçam boas demais para ser verdade. Por isso, é essencial lembrar do  primeiro passo: verificação. Se algo surgir como uma promoção extremamente vantajosa e atraente, verifique sempre a fonte.

    • Segurança pessoal

    Utilize as ferramentas presentes nos aplicativos, como a autenticação de dois fatores. “Ao usar o WhatsApp ou o Facebook, é possível habilitar a autenticação de dois fatores na seção de segurança do site. Isso significa que, para acessar sua conta, será necessário confirmar a tentativa por meio do seu celular. Além da senha habitual, você precisará da confirmação pelo celular. Dessa forma, mesmo que alguém tente invadir sua conta, eles precisam tanto do seu celular quanto da sua senha”, finaliza o professor.

    Sobre o Biopark

    O Biopark está localizado em Toledo, região Oeste do Paraná, em uma área de mais 5 milhões de m². Com o foco no desenvolvimento regional por meio da educação, da pesquisa e da geração de negócios, o Biopark já conta com mais de duas mil pessoas circulando diariamente em seu território. Atualmente, mais de 180 empresas já atuam no local, gerando empregos e progresso. Três instituições federais de ensino estão instaladas no Biopark, a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR). Em 30 anos, o Biopark deve receber mais de 500 empresas, ofertar 30 mil postos de trabalho e ter população de 75 mil moradores.

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