Janine Brito*
A economia criativa abrange diversos setores, incluindo arte, arquitetura e design, nos quais o aço tem um papel fundamental como elemento de expressão, inovação e funcionalidade. Esta vocação criativa é visível no empreendedorismo que pulsa na cidade. Brasília se consolida como um dos pólos da economia criativa no Brasil, segundo o ranking do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A capital federal ocupa o segundo lugar no levantamento, com 9,7% dos trabalhadores do Distrito Federal, atuando em ocupações ligadas à economia criativa. A cidade fica atrás apenas de São Paulo, que lidera com 9,8%, e supera estados como Rio de Janeiro (9,3%) e Ceará (9,3%).
Brasília é uma cidade que respira criatividade, e o ranking do Dieese comprova isso. Como presidente do LIDE Mulher Brasília, tenho contato diário com empreendedores de diferentes setores, acompanhando de perto o crescimento e as transformações da economia local. Grande parte desse movimento está diretamente ligada à economia criativa, que impulsiona novos negócios e cria oportunidades para profissionais que enxergam na inovação um diferencial competitivo.
Além disso, o cenário econômico nacional tem apresentado sinais positivos. A arrecadação do governo federal fechou o ano de 2024 em R$ 2,709 trilhões, segundo a Receita Federal. Descontada a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o valor arrecadado ficou em R$ 2,653 trilhões, representando um crescimento real de 9,6% em relação ao ano anterior.
Apesar dos avanços na economia criativa e dos sinais positivos na arrecadação, as perspectivas econômicas para os empresários ainda são desafiadoras. O cenário atual exige cautela, pois fatores como a alta carga tributária, a inflação e as incertezas no mercado dificultam a previsibilidade e o crescimento sustentável dos negócios. Mesmo com setores se destacando, muitos empreendedores enfrentam obstáculos para expandir suas operações e garantir a estabilidade financeira, tornando essencial a adoção de políticas que incentivem um ambiente econômico mais favorável.
No entanto, elevar constantemente a carga tributária das empresas do Distrito Federal pode se tornar um grande obstáculo para o crescimento econômico da região. O aumento excessivo de impostos não apenas reduz a competitividade dos negócios locais, mas também desestimula investimentos, impactando diretamente a geração de empregos e a inovação. Para garantir um ambiente favorável ao desenvolvimento empresarial, é fundamental buscar um equilíbrio entre a arrecadação tributária e a criação de políticas que incentivem o empreendedorismo e a sustentabilidade financeira das empresas.
*Presidente do Lide Mulher Brasília e CEO da Pinheiro Ferragens
Sobre a Pinheiro Ferragens – Fundada em 1960, a empresa nasceu com o objetivo de comercializar aço para a construção civil. De base familiar e pioneira na capital, foi responsável por oferecer grande parte dos materiais para a construção de Brasília. Atualmente, a empresa trabalha com um mix de mais de dois mil produtos comercializados e industrializados. Localizada no Setor de Indústrias de Brasília e Taguatinga, a loja possui moderna estrutura e serviços diferenciados.
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