OPERAÇÃO LOKI II – BENEDITO DOMINGOS: “EXISTE UM CONLUIO ENTRE CANDIDATOS LIGADOS À POLÍCIA CIVIL PARA DESESTABILIZAR MINHA CANDIDATURA”

Operação Loki II: Ordens vinham do alto

Carlos Carone

carone@jornaldebrasilia.com.br

As fraudes em licitações envolvendo ornamentações natalinas, que decoraram as regiões administrativas em dezembro de 2008, teriam contado com a participação de integrantes do primeiro escalão do GDF – na época, o governador era José Roberto Arruda. A afirmação partiu da Divisão de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap) da Polícia Civil, que investiga o caso.

Tráfico de influência e, principalmente, a troca de favores políticos teriam azeitado as engrenagens que movimentavam o esquema fraudulento, que começou a ser desbaratado durante a Operação Loki II, deflagrada na manhã de terça-feira. Segundo o delegado-chefe da Decap, Flamarion Vidal, muitos administradores regionais foram pressionados a entrar no esquema.

“Há indícios de que boa parte dos administradores regionais que estavam nos cargos, no fim de 2008, foram compelidos a contratar as empresas vencedoras das licitações por esferas superiores do GDF”, afirmou.

Como as investigações ainda estão em andamento e suspeitos estão sendo investigados, a Polícia não informou se os crimes envolvem secretários de Estado. “Existem outras informações surgindo, como a de que dentro das administrações já era comentado sobre as empresas que venceriam as concorrências, bem antes da realização das licitações”, garantiu Flamarion.

Alguns administradores que na época estavam à frente de alguma das 17 cidades sob investigação estão contribuindo com as apurações, prestando depoimentos considerados importantes para a conclusão dos inquéritos abertos pela Decap.

Domingos: “Há conluio”

Benedito Domingos se manifestou ontem sobre o suposto envolvimento dele, de seu filho e neto sobre a fraude nas licitações referentes à ornamentação de Natal. Segundo o deputado distrital, existe uma espécie de conluio entre candidatos ligados à Polícia Civil para desestabilizar sua candidatura.

“O que existe é um grupo de pessoas interessadas em prejudicar a minha campanha”, afirmou. O candidato ainda colocou sob suspeita a época em que a Operação Loki II foi desencadeada. “Se essas supostas fraudes ocorreram, por que essa ação está sendo feita só agora? Por que não foi realizada bem antes das eleições ou então após a votação? Como estou bem nas pesquisas, estão querendo manchar o meu nome”, contra-atacou.

Domingos destacou que a informação da Polícia sobre a confirmação de fraude precisa ser investigada. E garantiu que todos os serviços de ornamentação natalina realizados quando ele estava à frente da administração de Taguatinga foram prestados.

Leia mais na edição desta quinta-feira (30) do Jornal de Brasília

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