PARA QUE A VIDA NÃO ACABE EM PIZZA!

Veja este depoimento. Uma leitora do blog  relata uma história que gera revolta pela crueldade contra um idoso.

“Hoje pela manhã eu estava indo na 702 Norte numa oficina mecânica e parei no sinal ao lado da Disbrave, na 303 Norte, e  pra minha surpresa veio um senhor bem apessoado me pedindo ajuda, eu não tinha nada naquele momento e ele disse que havia três dias que não comia e me agradeçeu. Fui na oficina e depois na Academia, quando eu estava indo para casa, Deus me incomodou e eu falei com o meu marido que queria voltar naquele senhor pois ele estava com fome e eu queria ajuda-lo. Parei o carro dentro da Disbrave, chamei o senhor e então lhe indaguei:

Perguntei: O que aconteceu com o Senhor, um homem bonito, forte e bem apessoado, o que está fazendo na rua?
Ele respondeu: Não tenho dinheiro e estou com fome, tem alguns dias que não como nada, tenho problemas cardíacos e tomo muitos remédios.

Perguntei: O senhor tem família, de onde o senhor veio, tem filhos?
Ele respondeu: Minha família não quer saber de mim, eu vim de Fortaleza e o meu filho é rico, dono de pizzarias em Brasília e ele não quer saber de mim. Fui até ele e ele disse que eu só quero saber do dinheiro dele e que se eu passar por ele, ele passa o carro em cima de mim.

Perguntei: Qual o nome do seu filho?
Ele respondeu (chorando) : Rogério, ele é dono de pizzaria mas eu não vou falar o nome dele todo, porque senão você irá atrás dele e ele não quer saber de mim. Eu queria que ele me ajudasse de coração.

Perguntei: E a sua esposa?
Ele respondeu: Ela mora em Brasília mas nos estamos separados e eu me desliguei dela, não tenho contato com ela e com mais ninguém da minha família.

Perguntei: E os seus parentes de Fortaleza?
Ele respondeu: Coitados , eles são pobres não tem condições de me ajudar.

Perguntei: O senhor bebe, fuma?
Ele respondeu: Não bebo e não fumo, sou cardíaco, tomo 11 remédios pela manhã, tenho ponte safena, tenho 71 anos e não tenho saúde, dou alguns passos e já me sinto cansado e com falta de ar.

Perguntei: Mas o senhor não consegue emprego?
Ele respondeu: Não porque sou doente, e ninguém quer empregar alguém que é cardíaco. Mas olha eu sei cozinhar muito bem, já trabalhei com cozinha internacional, sei fazer comida árabe e pizza. Sei falhar outra línguas.

Perguntei: Se eu conseguir um emprego pro senhor, o senhor sai da rua?
Ele respondeu (chorando) : Claro que saio, eu quero trabalhar, o problema e que ninguém me dá uma oportunidade, sei cozinhar muito bem, sou cozinheiro de mão cheia.

Perguntei: Onde o senhor está morando?
Ele respondeu: Eu moro na rua, em baixo das marquises dos prédios, fico ali, apontando para o prédio que fica ao lado da Disbrave, ali ninguém mexe comigo.

Perguntei: O senhor tem benefícios do Governo, alguém ajuda o senhor?
Ele respondeu: Não tenho ajuda nenhuma do Governo, quem me ajuda são as pessoas que passam na rua. Tenho 02 amigos que são médicos e uma promotora de justiça disse que iria atrás do meu filho para fazer ele me ajudar, mas assim eu não quero, não quero que ele me ajude de forma forçada. Essa promotora tentou me aposentar mas não conseguiu.

Perguntei: O senhor tem documentos?
Ele respondeu (chorando) : Não tenho documentos, fui roubado, mas meu nome é Paulo Afonso Castro, me roubaram tudo, roubaram as minhas roupas.

Eu disse que ele não podia ficar morando na rua, que o fiho dele independente do que aconteceu no passado, porque ele não me disse o motivo pelo qual o filho não quer saber dele, teria que lhe dar assistência, afinal ele é um idoso, com 71 anos, doente e necessita de cuidados especiais.
Ofereci dinheiro para ele almoçar e lhe dei uma barra de cereais.

Eu gostaria de saber onde estão as autoridades competentes que nada fazem por este cidadão? Onde está o Secretário de Desenvolvimento Social?
Onde está o Secretário de Saúde? Onde está o Secretário de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania?
Como pode um homem que tem um histórico de vida assim, permanecer na rua por causa do descaso dos seus familiares?

Gostaria de fazer um apelo aos Governantes: Vamos devolver a cidadania do Sr. Paulo Afonso Castro. Vamos identificar o filho dele e fazer com que ele
dê assistência ao pai, afinal abandono de incapaz é crime!

Vamos ajuda-lo! Ele está ficando no sinaleiro da 303 norte, bem ao lado da Disbrave.”

Leila

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