Correio Braziliense
O ex-governador José Roberto Arruda (PR) lidera as intenções de voto para o Palácio do Buriti, tanto na pesquisa estimulada (32,8%) como na espontânea (21,3%), quando o entrevistado apresenta a sua preferência sem consulta a uma lista com os nomes dos candidatos. Arruda é seguido pelo atual governador Agnelo Queiroz (PT) — com 18,3% na estimulada e 12,5% na espontânea — e pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB) — com 11,9% e 5,6%, respectivamente. É o que mostra o primeiro levantamento realizado sobre as eleições deste ano pelo instituto MDA Pesquisa, em parceria com o Correio Braziliense. Na estimulada, Toninho do PSol, surge com 5,6%. O deputado federal Luiz Pitiman (PSDB), com 4,5%, e a jornalista Perci Marrara, com 0,3%, fecham a lista. Um total de 6,9% não souberam ou não responderam, e 19,8% votariam em branco ou nulo.
Arruda também sairia vencedor em qualquer uma das simulações para o segundo turno, seja contra Agnelo ou contra Rollemberg. A pesquisa ainda ouviu eleitores sobre as intenções para o Senado. José Antônio Reguffe (PDT) lidera com folga.
Os pesquisadores também ouviram as intenções dos entrevistados quanto à segunda opção de voto. Rollemberg foi o preferido, com 13,9%. Abaixo dele vem Toninho do PSol, com 8%. Arruda tem 6,9%; Pitiman, 6,2%; e Agnelo aparece com 6,1%. Perci é a segunda alternativa de 0,8% dos pesquisados. Nesse aspecto, 47% preferem votar em branco ou nulo e 11,1% não souberam ou não responderam.
O candidato do PR tem preferência maior entre o eleitorado com menor escolaridade, até o 4º ano (49%). Agnelo tem melhor desempenho na faixa de ensino logo acima, do 5º ao 9º anos (21,5%). Rollemberg (21,7%), Toninho (7%) e Pitiman (4,8% — mesmo número atingido por ele no ensino médio) aparecem melhor entre os que têm nível superior. Perci (0,5%) possui uma melhor presença na faixa do ensino médio. Arruda surge com boa presença entre os que ganham até dois salários mínimos (41%), mesma situação de Perci (0,5%). Por outro lado, Rollemberg (21,7%), Toninho (7,2%) e Pitiman (5,5%) se destacam na faixa acima dos cinco salários. Agnelo vai bem com quem tem de renda entre dois e cinco salários (20,2%).
No quesito gênero, Arruda aparece com melhor presença entre os eleitores do sexo masculino (35,3%), ocorrendo o mesmo com Rollemberg (14,1%), Toninho do PSol (6%) e Pitiman (5%). Já Agnelo tem um melhor desempenho no eleitorado feminino (18,7%), assim como Perci (0,4%). Com relação à faixa etária, Arruda (37,2%) e Pitiman (6,1%)são preferidos entre os entrevistados mais jovens (16 a 24 anos). Agnelo se dá melhor com cidadãos entre 45 e 59 anos (22,3%), e Rollemberg tem um bom desempenho na faixa dos 35 a 44 anos (14,1%). Toninho tem números destacados na faixa dos 25 a 34 anos (7,6%). Perci possui maior preferência acima dos 60 anos (0,6%).
Regionalmente, Arruda é o mais querido no eixo definido pela pesquisa como leste (38,3% em Paranoá, Sobradinho 1 e 2, Fercal, Itapoã, Planaltina, São Sebastião, Jardim Botânico e Varjão). Agnelo (23,7%), Pitiman (6,8%) e Perci (0,5%) vão melhor no sul (Gama, Recanto das Emas, Santa Maria, Núcleo Bandeirante e Park Way). Já Rollemberg (22,7%) e Toninho (7,9%) têm melhor desempenho na área central (Lago Norte, Lago Sul, Asa Norte, Asa Sul, Sudoeste/Octogonal e Cruzeiro).
Segundo turno
Além de estar à frente na disputa na qual aparecem todos os candidatos, Arruda também venceria qualquer um dos adversários no segundo turno. O ex-governador bateria Agnelo por 47,2% a 27%. Já a vitória sobre Rollemberg seria por 45,1% a 31,6%. Apesar de superar Rollemberg no primeiro turno, a pesquisa indica que Agnelo perderia se enfrentasse o ex-aliado em um possível segundo turno. O candidato do PSB teria 44% contra 28,7% do petista.
A pesquisa foi registrada em Brasília na Justiça Eleitoral, com o número DF-00025/2014. O levantamento foi feito com 1.501 eleitores, ouvidos de 3 a 7 de agosto deste ano. As entrevistas foram feitas em 30 regiões administrativas, conforme a densidade populacional.
O grau de confiabilidade é de 95%, com margem de erro de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos. As informações foram coletadas de forma eletrônica com uso de tablets, a partir de entrevistas pessoais, domiciliares e em pontos de fluxo.