PLANO DE GOVERNO II

Como não adianta discutir a eleição, vamos falar do futuro. O que podemos esperar de um governador eleito – mesmo que indireto?

O novo governador será empossado no dia 19. No dia seguinte já enfrentará o maior desafio da sua administração, pois tudo indica que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal vai revogar o famigerado Plano Diretor de Ocupação Territorial do DF (PDOT), aprovado na Câmara Legislativa no clima do mensalão, no ano passado.

Nos próximos dias, os rodoviários estarão fazendo grande confusão na cidade, pois a data-base da categoria é 1º de maio e eles querem reajuste salarial. Acontece que o ex-governador Arruda congelou as passagens de ônibus por mais de três anos. O novo governador, fatalmente, terá de ser macho suficiente para dar um reajuste nessas passagens. De quebra, é claro, ele deve apertar de verdade as empresas concessionárias, que dão um péssimo atendimento à população.

O novo governador precisa desmontar o esquema fraudulento do Pró-DF e apurar os desvios ocorridos nessa área nos últimos três governos. É uma vergonha!

É preciso também fazer uma auditoria nos leilões da Terracap, que são dominados por um grupo muito conhecido. A coleta de lixo no DF é fator de escândalo nacional, comprometendo parte do Ministério Público e muitas outras áreas. Será que teremos um governador disposto a fazer uma licitação decente nessa área?

É preciso suspender essa terceirização dos cemitérios, que já foi tema de CPI e ficou da mesma forma. Quem manda de verdade nessa área, hein?

Os contratos de informática continuam a mesma caixa-preta da época de Durval Barbosa. O Ministério Público do Tribunal de Contas tenta saber o que foi pago nos últimos meses a Linknet e cia, mas nada de informação.

Há a questão do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Estão cometendo um crime com Brasília, ao quebrar a W3 Sul para passar um trem, quando já temos instalada na Asa Sul a linha do Metrô. Se houver VLT, que seja na Esplanada ou na W3 Norte, com integração com o Metrô. O VLT da W3 Sul é um absurdo.

Espero que o novo governador chame os responsáveis pela construção do novo Estádio Mané Garrincha e diga: “Oi, pessoal, só tenho R$ 400 milhões para fazer essa obra. É pegar ou largar”. Convenhamos que é demais gastar mais de R$ 700 milhões para fazer um estádio.

O Detran precisa de uma administração com visão empresarial, pois é um órgão de serviço, não um balcão burocrático.

O BRB pelo menos está dando ótimo lucro, mas a CEB era reduto do Arruda e sofreu graves distorções. A Caesb é uma caixa-preta.

Os cargos de confiança do GDF, loteados politicamente, nivelam Brasília a redutos políticos viciados, de interior ou do meio da mata. É preciso dar clareza a essas contratações.

Há ainda áreas específicas, onde a administração vem sendo feita de forma criminosamente prejudicial à sociedade, como Saúde e Educação.

Por fim, lembro da Polícia Militar, envolvida sempre em escândalo. Será que não se pode nomear um comandante linha-dura, que enfrente o loteamento político dentro da PM?

São algumas dicas que, se lidas a tempo, podem fazer este ou aquele candidato desistir de disputar a eleição. Mas o governador que não cumprir a receita aqui explicitada corre o risco de sair preso de Águas Claras, pois todos os poderes federais estão de olho em Brasília.
Isso se não acontecer o mais provável, em maio: a intervenção federal.  Fonte: blog do riella

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