PMDF SEM REDUÇÃO DE INTERSTÍCIO…E AGORA ROLLEMBERG?

 

A redução dos interstícios dos integrantes da Polícia Militar, Praças e Oficiais, foi digno de um “Best Seller”. Nunca na história da PMDF tanto se vendeu uma ilusão a uma classe como agora. E o resultado não poderia ser outro senão a negativa do comando da Polícia Militar e do Governador Rodrigo Rollemberg em NÃO CONCEDER o benefício, que era de fato e de direito de toda classe.

Nem mesmo com os números da criminalidade apresentados até agora demonstrarem o quanto a corporação se empenhou e dedicou-se a baixar os índices de criminalidade foi capaz de sensibilizar as autoridades.

Esse imbróglio acerca da redução de interstícios para as promoções que deveriam ter acontecido no dia 21 causou náuseas, dores de cabeça e, quiçá, não surgiram por aí até enfartes agudo do miocárdio que não veio à público. Nos últimos anos essa tem sido a pressão psicológica sentida pela tropa, como se o direito líquido e certo passasse a ser um favor, uma moeda de troca.

A humilhação foi tanta que deixaram para avisar justamente hoje, dia de formatura de um Curso de Aperfeiçoamento de Praças (CAP), onde centenas de policiais e seus familiares esperavam uma boa notícia. Para completar, o paraninfo escolhido foi nada mais nada menos que o próprio governador Rollemberg. Além de não ter comparecido a solenidade, demonstrando total deselegância com os policiais e familiares e, principalmente, com a instituição, delegou ao comandante da PM, Coronel Nunes, a responsabilidade de dar a fatídica notícia num dia que deveria ser de festa e comemorações.

O governador e o comando da corporação se acovardaram, essa foi a realidade. Dotação orçamentária para efetuar as promoções existiam, ou pelo menos deveriam existir, desde a elaboração do orçamento do ano passado. Se não o fizeram, erraram mais uma vez na gestão, aliás, prática habitual nos últimos tempos. Se acovardaram com receio das pressões de uma outra polícia que perdeu a credibilidade junto ao governo. Se acovardaram com as pressões da mídia governista.

Não quero crer que ainda tenhamos que ouvir como desculpas que a não concretização da redução se deveu a assembleias realizadas em momento inoportuno por “politiqueiros”. Papo furado! As duas assembleias foram realizadas num único dia e com propósitos completamente diferente dessa questão de redução de interstício, uma de Praças e outra de Oficiais e apenas para ratificar apoio a esse mesmo governo e comando que hoje enfiaram a faca nas costas dos policiais. Se existe algum culpado, essa conta deve ser creditada à aqueles que não administraram bem, se organizaram mal e não respeitaram os direitos da classe. E aqui nem é necessário citar nomes, pois a classe é suficientemente esclarecida e na dúvida, a Lei é clara:(Grifos nosso)

Art. 5º Promoção é ato administrativo e tem como finalidade básica a ascensão seletiva aos postos e graduações superiores, com base nos interstícios de cada grau hierárquico, conforme disposto no Anexo I.

§ 3º A redução de interstício prevista no § 2o será efetivada mediante ato:

I – do Governador do Distrito Federal, por proposta do Comandante-Geral, para as promoções de Oficiais; e
II – do Comandante-Geral, por proposta do titular do órgão de gestão de pessoal, para as promoções de Praças.

Entretanto, sabemos muito bem que hoje na instituição existem grupos e pessoas (bodes expiatórios) que não passam de instrumentos de um projeto político de apoderamento institucional, e porque não dizer governamental também, com vistas às eleições de 2018. Uma nota editada hoje num grande veículo de comunicação que lida minuciosamente, demonstra o quão grande são os objetivos pelos quais esse governo trabalha e com o auxílio de vários tentáculos, inclusive da Polícia Militar. Diz a nota: “PM com Rollemberg – A estratégia do governador Rodrigo Rollemberg de dar isonomia à Polícia Militar nas negociações salariais com a Polícia Civil pode criar na base militar um candidato para as próximas eleições. Um nome forte para a Câmara dos Deputados ou até o Senado que se contraponha a um dos principais adversários do atual governo, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF). A avaliação é do grupo que faz oposição a Rollemberg. Nesse caso, pode ocorrer o mesmo que aconteceu com Cristovam Buarque, no projeto de reeleição, em 1998. Teve o apoio da PM e a inimizade de policiais civis”.

O que mais deixou indignada a tropa foi a falta de respeito com os profissionais de segurança pública, principalmente aqueles que já se organizaram para contar com sua merecida promoção próximo a irem para a reserva (aposentadoria). Fardas compradas, famílias avisadas, comemorações em planos. Falta de recursos para a execução do feito não pode, em hipótese alguma, ser utilizado como desculpa, haja visto que esses são provenientes do Tesouro Federal por conta do Fundo Constitucional do DF. Então, se o governo alega não dispor de recursos para o reajuste dos policiais e nem mesmo para as promoções, onde está sendo enfiado os recursos do Fundo Constitucional do DF?

Talvez muitos não tenham conhecimento, mas o Tribunal de Contas do DF (TCDF) embargou a poucos dias uma licitação de publicidade do GDF no valor de R$ 99,1 milhões de reais. Outros R$ 22 milhões de reais que estavam destinados à compra de medicamentos para a saúde também foram descentralizados pelo governador e agora o governo está correndo como um louco para apresentar os valores gastos com as 10 partidas de futebol realizadas em Brasília na olimpíada. Calcula-se, por baixo, que deve chegar próximo à cifra de R$ 30 milhões de reais. Só para as chamadas olímpicas foram gastos R$ 2 milhões em publicidade.

Mesmo com tanta adversidade, policiais permaneceram “A espera de um milagre”, que não aconteceu. O que assistimos hoje deverá ficar guardado na memória de todos para que em 2018 entendamos de uma vez por toda de que precisamos de representações, seja Distrital ou Federal, mas precisamos. De preferência bem distante desse governo PSBedista que nada acrescentou e provavelmente acrescentará a essas classes de suma importância dentro do cenário brasiliense: A PMDF e o CBMDF.

O resumo que posso fazer do contexto atual é um só: “ESTAMOS REALMENTE DESPRESTIGIADOS, DESMOTIVADOS…E SÓS”

 

Fonte: Tenente Poliglota

1 COMENTÁRIO

  1. O que nos entristece como moradores do DF é o crescente aumento da violência ! E agora com a “Papa Maique” vivendo esta situação, a tendência é piorar.

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