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    PO VOLTA ATRÁS E PODERÁ SER CANDIDATO AO GDF PELO DEM

    Deu no R7:
    PO será candidato se o DEM pedir

    PO não gostou de saber que Fraga ocuparia seu espaço no DEM na disputado ao GDF, e decide contrariar a família e anuncia possível candidatura.

    Andréia Sadi, do R7

    O vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, jogou para o seu partido, o DEM, a palavra final sobre sua candidatura ao governo do Distrito Federal, hoje comandado por José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). Em entrevista ao R7 nesta segunda-feira (18), o vice confirmou que não é candidato à sucessão, mas que, se o partido pedir, ele pode entrar na disputa.
    O nome do vice passou a ser cotado para o governo do DF após Arruda ser o principal alvo do escândalo do mensalão do DEM, um suposto esquema de pagamento de propina a aliados do governo.

    Leia a seguir os principais trechos da entrevista com Paulo Octávio:

    R7- A sua assessoria divulgou mais cedo que você não tem planos de sair para governador, se é que tinha. O que o levou a tomar essa decisão?

    Paulo Octávio- Eu não tinha planos de ser candidato ao governo, nós íamos repetir a chapa, ia ser candidato ao vice, eu acho agora prematuro qualquer confirmação de candidatura ao governo. O partido tem bons nomes, vamos aguardar a convenção em junho e, se o DEM for ter candidato ao governo, vamos escolher democraticamente entre os nomes que temos.

    R7- E se licenciar da presidência do DEM?

    PO- Não existe isso. Eu falei que eu não seria candidato ao governo porque todo mundo estava achando que eu sou candidato ao governo neste momento, eu não sou candidato ao governo automaticamente e nem posso dizer isso porque não tenho nem autorização do meu partido para fazer isso. Tem que fazer isso com muita cautela porque sou presidente do partido (em Brasília) então a única coisa que eu declarei é que eu não serei candidato ao governo- não serei não, não sou candidato ao governo.

    R7- Mas se o partido na convenção pedir para você sair candidato, você sai?

    PO- Isso pode até acontecer, mas isso lá na frente. Aí é uma imposição do partido, eu sou muito vinculado ao partido, tenho ajudado muito o partido. Hoje eu quero deixar claro que nunca declarei que sou candidato. Minha nota foi no sentido de preservar minha família.

    R7- É que o seu nome seria o principal após a confusão que atingiu o Arruda…

    PO- Depois do Arruda seria o principal, mas eu não lancei meu nome. Se a própria imprensa lançou meu nome lançou sem a minha autorização. Eu nunca declarei nem me coloquei como candidato ao governo.

    R7- Mas você não tem vontade de sair da vida política e se voltar só para as suas empresas?

    PO- Não, não, eu não declarei isso.

    R7- Mas isso também não passa pela sua cabeça?

    PO- Não, no momento não. A minha declaração é essa: não sou candidato ao governo, até porque o partido não tem ainda candidato, o partido tem que atravessar esse momento , dar explicações necessárias e futuramente, na convenção em junho, vamos estabelecer se o partido vai ter candidato ao governo ou apoiar algum outro candidato.

    R7- Mas se eles pedirem você vai avaliar o projeto, como você disse, você é vinculado ao partido…

    PO- Sou vinculado ao partido. É uma avaliação lá para frente, não agora.


    Um vice milionário

    O vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), declarou um patrimônio milionário na eleição de 2006, quando a chapa que integrava com o governador José Roberto Arruda foi eleita, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

    Dados levantados pelo R7 no tribunal mostram que só em um dos bens o vice – que pode assumir a cadeira de Arruda caso o governador sofra um impeachment – declarou possuir R$ 319,4 milhões em cotas de capital da Paulo Octavio Investimentos Imobiliários, holding de sua propriedade fundada em 1975. Ele declarou também possuir obras de arte no valor de R$ 15 mil, cotas de hotéis e apartamentos de até R$ 249 mil. O total chega a R$ 323,5 milhões.

    Procurada pela reportagem, a assessoria do vice disse que o patrimônio declarado é o que consta no TSE e que não existe nenhuma irregularidade no valor, apesar de ser “incrível”.

    – É o que está declarado. Ele é dono de 20 empresas, incrível, mas é o patrimônio dele. Todas as contas foram aprovadas.

    O patrimônio declarado por Paulo Octávio supera as declarações somadas dos principais governadores do país. O de São Paulo, José Serra (PSDB), o de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e o do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), todos eleitos em 2006, têm juntos patrimônio declarado de R$ 2,3 milhões. Os tucanos registraram bens como apartamentos, carros, salas comerciais, que juntos deram R$ 872 mil para Serra e R$ 831 mil para Aécio, enquanto o governador do Rio declarou R$ 647,5 mil.

    Já o patrimônio de Arruda, de acordo com acompanhamento das declarações junto à Justiça Eleitoral, teria passado de R$ 600 mil, em 2006, para R$ 7 milhões este ano. Arruda rebateu a reportagem do jornal O Estado de S.Paulo e alegou que seu patrimônio era de R$ 682 mil em 2007 e passou para R$ 1 milhão em 2008, variação de 46%.

    Arruda ganhou a cena política após a operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, citá-lo no esquema que ficou conhecido como mensalão do DEM, suposto pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio. Em um dos vídeos, Arruda aparece recebendo dinheiro.

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