Muitos fiéis e principalmente ex-fiéis da Igreja Batista Central de Brasília, tem feito comentários nas redes sociais sobre dúvidas envolvendo a sexualidade do pastor Ricardo Espíndola, neto do pastor Vilarindo Lima, fundador da denominação.
Pastores mais tradicionais já não escondem o descontentamento com Ricardo, formado em Gastronomia, que parece gostar mais de preparar pratos especiais do que ministrar pregações.
O pastor Severino Vilarindo continua em silêncio sobre o tema, apesar de ter havido inclusive divisão na igreja por conta dos boatos que envolvem Ricardo.
Em 2012 o pastor Ricardo Espíndola publicou o seguinte texto em seu blog. Confira:
Pastor Ricardo Espíndola quebra o silêncio
Foto: Divulgação
Você que lê o meu blog, talvez não saiba exatamente o que se passa e o que se passou! Tudo na vida são escolhas. Escolhemos entre a vida e a morte. E a vida e a morte podem estar nas pessoas que escolhemos para andar conosco. Passei um deserto longo e intenso. Sempre fui bombardeado. Não por ser santo. Mas por ser um ser humano. Como qualquer um, tenho virtudes e falhas. Tenho um lado revelado e outro oculto, que é a minha intimidade e que pertence só a mim. Fiz escolhas erradas. Confesso. Escolhi pessoas que quase me levaram a morte. Ao longo de 4 meses passei por um processo de destruição motivado por duas coisas apenas: dinheiro e poder.
Meu Deus. Pessoas que se diziam servos e servas do Senhor. Pessoas de dentro de casa. Pessoas de dentro do Ministério. Pessoas… A minha falta de vigilância, e a minha apatia em reagir a algumas situações me levaram ao caos. Fui obrigado a me submeter a decisões sobre minha vida que não aceitei. Calei-me. Fui acusado de todas as formas possíveis. Caluniado de todas as formas possíveis. Forjaram provas contra mim. Criaram situações e usaram de ameaças contra minha família. A minha sexualidade foi discutida em mesa de bar. Quase todos os que andavam comigo foram acusados de estarem envolvidos ou emocionalmente ou sexualmente comigo. MEU DEUS. Tenho vergonha de algumas pessoas que hoje andam comigo. Espero que estejam realmente prontos a ajuizarem as ações que se propuseram. Não vou impedir. Fui acusado de roubo, de traição, de ter usado dinheiro que não era meu em benefício próprio, de ser homossexual assumido, de ter largado a família para se amigar com um jovem nos EUA. E hoje ainda soube que tinha comprado um apartamento em Miami para “meu amante”.
Houve piquete em uma congregação, Taguatinga, com as pessoas gritando na frente impropérios em relação a mim. Um dos membros foi armado a igreja para acertar contas comigo. Tenho as gravações e assim que o meu site estiver pronto as imagens estarão disponíveis. Tive vergonha de sair de casa. Ia para a academia. Ia a algumas cidades satélites em cultos específicos. Ia no supermercado a noite ou madrugada para não correr o risco de encontrar alguém conhecido. A imprensa começou a me acusar, movida por alguns que queriam me atingir e atingir a igreja e o Ministério. Sabe, depois que a poeira baixou, olho para trás e sinto dor.
Não sinto raiva, ódio, ou sentimento parecido. Sinto dor. Pessoas as quais eu lutei para estarem onde estão. E que jamais estariam onde estão se não fosse pelas minhas mãos, foram as que traíram, que me apunhalaram. Pessoas nas quais eu confiei e que achei que tinham compromisso comigo, na primeira oportunidade tripudiaram. Achei incrível. Todos, mas todos os projetos que criei e desenvolvi foram repartidos como se fossem os despojos de uma guerra, ou como os pertences de alguém que morreu e os familiares dividem após o enterro… Todos os projetos estão capengas. Uma vergonha. Por que será???
Eu errei. Errei em confiar e acreditar no homem. E a Palavra diz que maldito aquele que confia no homem. Tive um escape. Enquanto muitos falavam e especulavam com qual amante eu estaria, eu estava com o meu amado -Jesus. Se não fosse o Senhor ao meu lado me carregando, hoje eu realmente estaria em outras pairagens. Hoje entendo o que Davi disse ao Senhor – caia eu nas mãos do Senhor mas não nas mãos dos homens. Esses que se diziam “servos” e que estavam comigo e me apoiavam foram os primeiros a tentar me enterrar e jogar a pá de cal. Não usaram de misericórdia. Não procuraram saber como eu estava ou se precisava de um ombro para chorar.
Sou vítima de mim mesmo. Estou me recompondo. Deus está derramando bálsamo e unguento para minhas dores e feridas da batalha. Mas uma coisa eu aprendi – confiar mesmo somente no Senhor meu Deus.
Fonte: Blog do Pastor Ricardo
Fonte: Donny Silva
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