POSTURA MODERADA
Surpreende a ausência das principais lideranças políticas locais.
O senador e ex-governador Cristovam Buarque, do PDT, tem adotado posturas eventuais, demonstrando preocupação com a crise de Brasília, mas na prática não fez nada.
O quase ex-candidato pedetista ao governo do DF, deputado distrital Antônio Reguffe, não sabe como se posicionar diante da mídia. O mesmo pode ser dito sobre o principal nome do PSB em Brasília, deputado federal Rodrigo Rollemberg, que adotou estilo moderado em meio a tantos escândalos. Ambos são omissos, por exemplo, diante das manifestações populares contra Arruda.
No primeiro momento, os partidos deram relativa satisfação à sociedade, demonstrando que se afastavam do governo Arruda. O próprio Democratas forçou o governador a se desfiliar, mas o presidente regional dessa legenda, Paulo Octávio, permanece ocupando o cargo de vice-governador.
O DEM tem ainda dois deputados como secretários (Alberto Fraga, Transportes, e Paulo Roriz, Habitação), e neste momento o secretário-geral do partido, Flávio Couri, ocupa interinamente a presidência do Banco de Brasília, nomeado pelo governador Arruda.
O PSB adotou uma postura dura ao afastar dos seus quadros o deputado distrital Rogério Ulysses, considerado arrudista, mas permanece a surpresa da população diante do tom moderado do deputado Rollemberg.
O ex-governador Joaquim Roriz, possível candidato do PSC ao governo do DF, aparece com o maior percentual de intenções de votos na pesquisa divulgada pelo PT (34%), mas está mais do que mudo: sumido. Ele teme ser contaminado pelas denúncias, pois a maior parte das gravações nas quais o ex-secretário Durval Barbosa distribui dinheiro público ocorreu no seu governo.
Ninguém acredita que Durval agiu durante tanto tempo sem autorização de Roriz.
O PMDB saiu do GDF, desocupando cargos que ocupava em estatais, mas seus deputados distritais têm compromisso com o governador Arruda. Além do mais, é visível a ausência do presidente regional, deputado Tadeu Filippelli, nas discussões sobre a corrupção no DF.
O PSDB afastou o presidente regional, Márcio Machado, que era bastante ligado ao governador, mas é um partido sem qualquer expressão diante de tanto escândalo. Maria de Lourdes Abadia, o maior nome tucano em Brasília, parece que nem vive na cidade.
Fonte: blog do Riella