Presidente da Câmara diverge de Ideli e faz coro com PMDB

Marco Maia defende prorrogação do prazo para pagamento de emendas parlamentares aprovadas em 2009

Adriano Ceolin, iG Brasília

Mesmo após a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) comunicar que o governo não irá prorrogar o prazo para pagamento de emendas parlamentares de 2009, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), fez coro com o PMDB e defendeu a liberação dos recursos aprovados pelos congressistas naquele.

O total é de R$ 4,6 bilhões de restos a pagar. As emendas serão canceladas se a presidenta Dilma Rousseff não assinar um decreto que prorrogue o prazo final para liberação do dinheiro. O prazo atual termina na quinta-feira, 30 de junho. A base aliada, e sobretudo PMDB, pressionam para a prorrogação do prazo.

“É uma questão que traz preocupação aos deputados. São projetos que já foram apresentados e trabalhados pelas prefeituras. Muitos projetos já em andamento”, disse Marco Maia. “Na minha avaliação seria adequado que houvesse uma prorrogação no sentido de viabilizar esses projetos”, completou.

Em reunião com a bancada do PT na manhã de hoje, Ideli disse que a presidenta Dilma não irá prorrogar o prazo. Os líderes da base aliada defendem um decreto que permita os pagamentos das emendas em até 90 dias. Segundo Maia, a equipe econômica do governo está preocupada em poupar gastos neste primeiro semestre.

Depois da reunião com o PT, a ministra Ideli Salvatti compareceu a um almoço promovido líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves. Durante o encontro, o peemedebista afirmou considerar “vital” o pagamento das emendas referentes a 2009. Ideli ficou de discutir o assunto com a presidenta, segundo disse o líder ainda no Twitter.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), também rechaçou a proposta do governo de não liberar os restos a pagar. Ele afirmou que irá discutir o assunto com a ministra Ideli nesta quarta-feira. As negociações ocorrem na semana em que o governo tenta votar projetos importantes, como o sigilo em licitações para obras da Copa do Mundo de 2014.

Fonte: iG

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