Reabertura do comércio divide opiniões de deputados distritais

A reabertura do comércio e de outros setores da economia dividiu a opinião dos deputados distritais na sessão extraordinária remota da Câmara Legislativa do Distrito Federal, na tarde desta quarta-feira (27). Enquanto alguns defendem a reabertura como necessária para a retomada da economia, outros argumentam que a medida poderá contribuir para o aumento de casos de Covid-19.

A deputada Julia Lucy (Novo) demonstrou preocupação com o aumento do desemprego e defendeu a retomada da economia, “de forma responsável”. A deputada lembrou que termina no próximo dia 30 o período de suspensão de contratos de trabalho estabelecido pelo governo federal, o que deverá agravar o quadro. Lucy citou especificamente o setor de bares e restaurantes que, segundo ela, “pode adotar todas as medidas cabíveis para voltar a funcionar, garantindo assim os empregos de muitas pessoas”. Ela fez questão, no entanto, de excetuar as escolas, que deveriam continuar fechadas, “pois têm uma característica muito distinta”.

Na mesma linha, o deputado Hermeto (MDB) defendeu a reabertura de todos os setores da economia e destacou que Brasília é a segunda cidade do país com o menor número de letalidade. Para ele, é possível a retomada das atividades, garantindo as vidas da população. “Temos de torcer que isto aconteça. Não podemos fazer desta doença um Fla x Flu. Vamos torcer por Brasília e pelo Brasil”, assinalou.

Por outro lado, a deputada Arlete Sampaio (PT) mencionou que a reabertura dos shoppings ontem gerou aglomerações, segundo reportagens da imprensa. Para ela a situação é preocupante e a reabertura de atividades deve ser acompanhada de medidas rigorosas para evitar aglomerações. A distrital cobrou rigor do governo na fiscalização das medidas de prevenção.

O deputado Chico Vigilante (PT) criticou o que chamou de “abertura sem limites do comércio do DF”. Segundo ele, o Brasil já saiu do radar dos investidores internacionais por causa da falta de um combate eficaz ao coronavírus. “A economia brasileira pagará o preço mais caro de todo o mundo, por causa da irresponsabilidade das autoridades do País”, avaliou.

O deputado Fábio Felix (Psol) criticou o que classificou de “guerra de narrativas”. Para ele, todo mundo quer a economia funcionando, “só quem não quer é o coronavírus”. Na opinião do parlamentar, “a guerra de narrativas entre a economia e a saúde não leva a lugar nenhum”. Felix enfatizou que o importante é garantir a vida das pessoas e uma renda mínima para todos que precisam.

 

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