Secretário de Saúde também está no corte de gastos do GDF

 

Pagamento de despesas feitas com o Fundo Constitucional foi estopim para troca de comandos pelo Buriti
Daniel Cardozo
daniel.cardozo@jornaldebrasilia.com.br

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O secretário de Saúde, José Bonifácio Carreira Alvim, deve ser exonerado hoje. A causa seria a demissão de José Menezes Neto, diretor executivo do Fundo de Saúde do DF, publicada no Diário Oficial de ontem. Caso a mudança se concretize, o próximo nome será o quarto indicado pelo governador Agnelo Queiroz (PT).

O desentendimento teria sido motivado pelo ordenamento de despesas considerado inadequado pelo governador. O secretário de Saúde não teria sido comunicado da demissão do diretor e acabou entregando o cargo após saber da decisão.

A mudança no comando foi tratada como boato dentro da Secretaria de Saúde até ontem. Por isso mesmo, a assessoria de comunicação da pasta não confirmou a exoneração até o fechamento desta edição.

O governador participou de uma reunião durante a noite de ontem, mas não foi confirmado que o assunto seria a demissão de Bonifácio.

O nome apontado para substituir o ex-secretário é o diretor do Hospital de Base, Julival Fagundes Ribeiro, o que também não foi confirmado pela Secretaria de Saúde até ontem.

Menos de dois meses

A permanência de Bonifácio na Saúde durou menos de dois meses. Ele assumiu assim que o ex-secretário, Elias Miziara, demitido por declarar que a população tinha o “mau hábito” de procurar a rede de saúde durante a noite. Tanto Bonifácio quanto Miziara eram secretários-adjuntos e foram promovidos.

Já José Menezes Neto dirigia o fundo desde o início da gestão do PT e trabalhou também com Rafael Barbosa, ex-secretário de saúdade que pediu desincompatibilização para participar das eleições. Barbosa acabou recebendo 26.399 votos e ficou sem a vaga de deputado federal.

A Secretaria de Comunicação não retornou os telefonemas da reportagem do Jornal de Brasília.

No foco das atenções desde o início

A Secretaria de Saúde esteve no foco do governo Agnelo Queiroz antes mesmo de seu início. O então candidato, invocando sua condição de médico, prometeu que nos primeiros tempos de sua administração acumularia o cargo de secretário. Não fez isso, mas indicou o médico Rafael Barbosa, muito ligado a ele, para a pasta. Apesar dos fortes investimentos feitos, em especial nas Unidades de Pronto Atendimento e nas UTIs, a saúde brasiliense permaneceu como maior alvo de críticas na campanha sucessória.

Fonte:   Jornal de Brasília

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