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    STJ afasta cinco desembargadores do MS acusados de corrupção

    Nesta quinta-feira (24), a  Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Ultima Ratio, com o objetivo de investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. Cinco desembargadores do TJMS foram afastados e terão de usar tornozeleira eletrônica.

    Os investigadores cumpriram 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá, no Mato Grosso.

    O Superior Tribunal de Justiça (STJ)  determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de tornozeleira eletrônica.

    Por outro lado, na última edição, a revista VEJA revelou o conteúdo de quatro anos de diálogos entre o advogado Roberto Zampieri e o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, personagens centrais de um esquema de compra e venda de sentenças que envolveu servidores de quatro gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

    A Polícia Federal investiga o caso há pelo menos três meses. No início de outubro, os delegados concluíram que precisariam de uma autorização do Supremo Tribunal Federal para prosseguir com a apuração, o que significa que havia a necessidade de investigar um ou mais personagens com direito a foro especial.

    Foi enviado então um ofício à Justiça Federal, onde o inquérito tramitava, com pedido para que ele fosse imediatamente remetido ao STF. No documento, o órgão explicou os motivos da solicitação, listou os alvos e pediu urgência, já que havia risco de destruição de provas.

    Apesar dessa ressalva, o material só foi encaminhado na sexta-feira 18, ainda assim somente depois de um jogo de pressão que envolveu altas autoridades da República diante da suspeita de que havia uma uma ação orquestrada para impedir que a investigação avançasse

    Armazenado em um HD, o acervo que agora está nas mãos do ministro do STF Cristiano Zanin revela como Zampieri e Andreson conseguiam obter decisões e sentenças favoráveis a seus clientes subornando subornando funcionários do STJ. Os diálogos foram encontrados no celular do advogado, assassinado no final do ano passado em Cuiabá.

    Já passou ha hora de ser instalada a CPI da Lava Toga. Há muito que ser investigado.

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