A Operação Caixa de Pandora, deflagrada em 27 de novembro de 2009 durante o governo de José Roberto Arruda no DF, pegou em cheio o então recém nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do DF, Domingos Lamoglia, denunciado por corrupção pelo delator Durval Barbosa.
O resultado é que, após longo período prejudicando a imagem do TCDF, Lamoglia finalmente apresentou carta de renúncia do cargo vitalício de conselheiro. Ele deixou o Tribunal em agosto de 2015, para alívio dos demais conselheiros que não suportavam mais ter um colega investigado pela PF atuando na Corte.
Agora chegou a vez da conselheira Anilcéia Machado. Vários integrantes do TCDF acham que ela deve ser imediatamente afastada do cargo até o fim das investigações da PF, que esteve na semana passada no TCDF e na residência de Anilcéia, na Operação Pacare. Ao todo, oito mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo STJ.
A investigação apura se empresários e agentes públicos cometeram crimes de peculato, emprego irregular de verbas ou rendas públicas, corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e falsidade ideológica.
A conselheira e corregedora do tribunal, Anilcéia Luzia Machado foi um dos alvos da operação que procura provas sobre manipulação na distribuição de processos dentro do TCDF referentes à operação Falso Negativo, que apura irregularidades na aquisição de testes de Covid-19.
E segundo informações, ao menos dois conselheiros bem informados enxergam razões para que Anilceia renuncie ao cargo vitalício que ocupa. Para eles, tentar “justificar o injustificável” é complicado.
E ao menos um secretário que comporta-se como “primeiro-ministro”, que adorava arrotar nos bastidores que tinha conselheiros na mão para tocar seus assuntos, agora já começa a ter calafrios. Mas essa é outra história que logo contaremos com exclusividade aqui no Blog.
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