O Ministério Público do Distrito Federal ofereceu denúncia no bojo da operação “Alto Escalão” e, apesar da midiática busca e apreensão realizada há um ano em desfavor de Rafael Barbosa, o ex-secretário de Saúde do Distrito Federal não foi sequer denunciado em razão de não existirem mínimos indícios da prática de qualquer ato ilícito.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou quatro pessoas no âmbito da Operação Alto Escalão , nessa quarta-feira (7/7). Segundo a investigação, houve pagamento de propina, por meio de um falso contrato, para a compra de leitos hospitalares pela Secretaria de Saúde do DF, durante a gestão do ex-governador Agnelo Queiroz (PT).
Fabrício Andrade Carone e Ronaldo Pena Costa Júnior são acusados de pedirem ao empresário Wiliam Donisete de Paula, do Hospimetal, R$ 462 mil em propina para ajudá-lo em procedimento licitatório de compra de leitos hospitalares.
O Gaeco denunciou Fabrício Andrade Carone, Ronaldo Pena Costa Júnior, Wiliam Donisete de Paula pelos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Luiz Carlos do Carmo foi acusado de cometer lavagem de dinheiro.
“Tal circunstância não surpreende a defesa e demonstra, uma uma vez, a desnecessidade e ilicitude da determinação das medidas cautelares pelo respeitável juízo da 1a Vara Criminal de Brasília naquela oportunidade”, afirma a defesa de Rafael Barbosa.