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6 razões para o retorno de Ibaneis

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Não precisa ser mágico ou vidente para saber o que aconteceu no 8 de janeiro em Brasília, e talvez esse seja mesmo o maior temor do governo do PT que insiste em esvaziar a CPI que investigará os atos protagonizados por vândalos infiltrados que atacaram os prédios do Planalto, STF e Congresso Nacional durante a manifestação.

Após a depredação de prédios públicos no DF, inexplicavelmente as autoridades encontraram rapidamente um culpado e o puniram sem dó, piedade ou processo legal.

Culpar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) reeleito em primeiro turno, pelo ocorrido em 8 de janeiro, é um tiro no pé do recém chegado grupo petista ao poder, que possui fortes tentáculos no STF.

Qualquer estudante de Direito sabe perfeitamente que compete apenas ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastar governadores de estado, após devido processo legal. Ibaneis foi afastado do cargo por uma decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes. O governador do DF foi acusado de omisso e afastado do cargo no dia 9 de janeiro por 90 dias.

Moraes escreveu: “O descaso e conivência do ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública e, até então, Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, ANDERSON TORRES – cuja responsabilidade está sendo apurada em petição em separado – com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem no Distrito Federal, tanto do patrimônio público – CONGRESSO NACIONAL, PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA e SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – só não foi mais acintoso do que a conduta dolosamente omissiva do Governador do DF, IBANEIS ROCHA”.

Mas após depoimentos bombásticos e notícias reveladoras, eis as 6 razões para o retorno imediato de Ibaneis Rocha ao comando do Palácio do Buriti:

1Ibaneis Rocha  cobrou todo o tempo informações sobre as manifestações. O relatório da Polícia Federal  (PF) sobre os celulares do governador afastado do Distrito Federal, aponta que o emedebista não foi conivente com as invasões das sedes dos Três Poderes e manteve contato durante o dia 8 de janeiro com autoridades locais e federais.

2– Anderson Torres foi nomeado Secretário de Segurança Pública, mas  estava em férias nos EUA e acompanhava de longe todos os passos.

3– A ex-chefe do setor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, delegada da PF, Marília Ferreira de Alencar, afirmou que os alertas sobre aumento repentino de pessoas nos dias que antecederam a invasão das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, e os riscos de invasões foram devidamente emitidos e repassados para o comando da área.

4- Mensagens obtidas pela Revista Veja mostraram que houve omissão, negligência e imprudência por parte de autoridades do Palácio do Planalto, em especial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), no caso da invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8.

5– O Senador Marcos do Val (Podemos) requereu por escrito, explicações ao Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula (PT), Flávio Dino, sobre as medidas que foram ou não adotadas diante do ataque a sede do Congresso Nacional do dia 8 de janeiro. De acordo com o documento, o ministro teria ficado sabendo do ataque um dia antes, mas não tomou nenhuma medida para evitar ou minimizar a violência do fato.

6- Segundo fontes da PMDF, o grande culpado por ter mantido boa parte da tropa em casa no dia 8 de janeiro, foi o então subcomandante-geral coronel Klepter Rosa. Na noite do dia 7 de janeiro, ele enviou mensagem em grupo de comandantes no WhatsApp pedindo que a tropa ficasse de SOBREAVISO e não de PRONTIDÃO. O único omisso nesse fatídico episódio foi Klepter, que ignorou relatório da delegada ex-chefe do setor de inteligência da SSP-DF.

Inexplicavelmente Klepter foi alçado ao cargo de de comandante-geral da PMDF enquanto Ibaneis Rocha permanece afastado. Até agora os deputados distritais não convocaram Klepter para saber por que ele foi omisso.

Enquanto isso, acabou a segurança jurídica no Brasil e Ibaneis paga o pato.

 

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