MAIS
    HomeDistrito FederalApós fim da janela partidária, siglas intensificam articulação no DF

    Após fim da janela partidária, siglas intensificam articulação no DF

    Partidos de oposição se programam para orientar filiados esta semana. A seis meses das eleições, objetivo é listar candidatos ao Legislativo

    RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
    Isadora Teixeira

    Com o fim da janela partidária, período em que políticos com mandatos podem migrar sem correr o risco de punição por infidelidade, o cenário começa a ficar mais claro. Com todos os personagens do tabuleiro nas siglas com as quais pretendem concorrer às eleições de 2018, agora, o momento é crucial para os partidos formalizarem alianças a fim de lançar os candidatos.

    A seis meses do pleito, as legendas correm contra o tempo para definir os nomes com mais chances de garantir vitória. Muitos personagens classificaram-se como pré-candidatos, mas as vagas são limitadas para o Legislativo. De acordo com a Resolução nº 23.548 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cada sigla ou coligação pode lançar até 200% do número de cadeiras para a Câmara dos Deputados, portanto, cada uma pode indicar 16 pessoas e, à Câmara Legislativa (CLDF), 48.

    Apesar de muitos, cada um tem valor: são eles os responsáveis por impulsionar a coleta de votos para os cabeças de chapa. As maiores siglas de oposição em número de filiados já têm reunião de orientação para pré-candidatos nesta semana.

    Os partidos com mais força por conta da quantidade de filiados e de representantes com mandato se adiantam no jogo e servem com ímãs para os menores. “Eles têm maior poder de atração. Se os menores se juntam a eles, contam com mais chance de obter vantagens no sentido de tempo de televisão e dinheiro”, reforça o cientista político e professor universitário Aurélio Maduro. Tem sido assim em agremiações como MDB, PSDB, PTB e PR: elas já garantiram alguns pequenos aliados.A oposição que trabalha para impedir a reeleição do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) mostrou várias formas desde 2017. A seis meses do pleito, parece ter encontrado o caminho para chegar ao formato definitivo.

    O blocão formado por figuras expoentes da política local se rachou. De um lado, ficou o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR), o deputado federal e presidente do DEM-DF, Alberto Fraga, e o ex-vice-governador e presidente licenciado do MDB-DF Tadeu Filippelli. Do outro, players como o deputado federal e presidente do PSD-DF, Rogério Rosso, o ex-deputado distrital Alírio Neto (PTB), e o deputado federal e presidente do PSDB-DF, Izalci Lucas.

    O desafio do grupo unido na semana passada e formado pelo PSD, PSDB, PTB, Patriota, PRB, PPS, PSDC e PSC é definir os cabeças da chapa. Izalci Lucas e Alírio Neto, ambos pré-candidatos ao cargo de governador do Distrito Federal, precisam chegar a um consenso se quiserem continuar juntos e enfrentar Frejat e Rollemberg nas urnas. Em até 30 dias, eles devem decidir os critérios para a escolha de quem tentará chegar ao Palácio do Buriti e ao Senado Federal, afirma Alírio Neto.

    As agremiações têm um encontro marcado às 10h desta terça-feira (10/4), na Galeria do Hotel Nacional, para fundir as estratégias e nortear os pré-candidatos. Segundo Alírio Neto, a partir de agora eles serão orientados sobre as normas eleitorais e testados na pré-campanha. “O próximo passo é consolidar a nominata”, explica.

    Desse grupo, os nomes mais ventilados nos bastidores para disputarem vagas no Senado Federal são Júlio César (PRB), Rogério Rosso e o senador Cristovam Buarque (PPS). Estão de olho na reeleição, na CLDF, os deputados distritais Robério Negreiros (PSD) e Rodrigo Delmasso (PRB). O vice-governador Renato Santana (PSD) também pode entrar na corrida.

    Do lado de lá
    Na outra ponta do tabuleiro político, estão o MDB, PR, PP, Avante e DEM. O MDB também reúne os postulantes aos cargos públicos nesta terça-feira (10). Na sede do partido, em torno de 65 pré-candidatos devem compartilhar anseios eleitorais. “Também faremos um roteiro de visita a cada uma das equipes para trabalharmos, inclusive, a convergência dos candidatos ao longo do tempo”, comenta  Filippelli.

    A sigla direciona os esforços para lançar Filippelli e o ex-deputado distrital Edimar Pireneus para a Câmara dos Deputados e ainda eleger Jofran Frejat para o Palácio do Buriti.

    O PSB também tenta encontrar qual o melhor método para garantir a recondução do chefe do Executivo ao cargo. Na segunda-feira (9), líderes locais da sigla participaram de uma reunião com Rollemberg. Nos próximos dias, devem se encontrar mais uma vez em busca de traçar o plano para garantir a reeleição.

    À esquerda, ainda há dúvidas. As articulações em nível local do PT têm sido deixadas de lado por conta da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o deputado distrital Chico Vigilante (PT), porém, o partido deve manter a posição de lançar um candidato majoritário, possivelmente sem firmar alianças. “Tem vezes que é melhor caminhar sozinho do que mal acompanhado”, dispara.

    LEAVE A REPLY

    Please enter your comment!
    Please enter your name here

    Deve ler

    spot_img