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    ABGLT, Abong e ANTRA exigem reparação pela transfobia sofrida por Keila Simpson no aeroporto da Cidade do México

    A ativista, que é mulher trans, foi impedida de desembarcar por sua expressão de gênero não corresponder ao nome registrado em seus documentos

    A atual diretora da Abong (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais),  e presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), na tarde de domingo (1/05), foi impedida no aeroporto da Cidade do México, de entrar no País, por sua identidade de gênero não corresponder ao nome registrado em seus documentos. A executiva estava viajando a trabalho para participar do Fórum Social Mundial e, mesmo apresentando visto liberado, o voucher de reserva da coletiva da delegação, na qual faz parte, a ativista ficou detida por dez horas, incomunicável e deportada. Na ocasião, Keila iria palestrar sobre a violência contra pessoas trans e travestis no Brasil.

    Em nota, a ABGLT, Abong e ANTRA exigem reparação pela transfobia sofrida por Keila Simpson e solicitam respostas e ações do Itamaraty e do México sobre a violação dos direitos humanos, além de mobilizar esforços para ações de reparação pelo ocorrido.

    Ainda de acordo com a nota, informações de ativistas mexicanas diz que a normativa do Instituto Nacional de Migração do país não está harmonizada com os mais altos princípios e parâmetros internacionais de direitos humanos. O protocolo de recepção de pessoas migrantes ou turistas por vias aéreas, marítimas ou terrestres não conta com um regulamento para o pessoal de fronteira que indique prioridade ou tratamento adequado quanto ao reconhecimento da identidade de gênero.

    Para ler a nota na íntegra acesse aqui.

    SOBRE KEILA SIMPSON SOUSA Travesti, Atua desde 1991 com a população LGBT primeiro em Salvador na Bahia e depois no cenário nacional quando em 2004 se torna pela primeira vez a presidente da ANTRA Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Atuou como conselheira do Conselho Nacional LGBT de 2011 a 2013 ano em que se tornou a presidenta do colegiado, e também nesse mesmo ano recebeu das mãos da presidenta Dilma Roussef o premio Nacional de Direitos Humanos pelos relevantes serviços prestados a população LGBT do Brasil. É a atual presidenta em segundo mandato da Associação Nacional de Travestis e Transexuais – ANTRA, Secretária adjunta da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais,  Travestis Transexuais e Intersexuais – ABGLT. Também coordenou por 30 meses o Centro de Promoção e Defesa dos direitos LGBT DA Bahia projeto encerrado em 2020.

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