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Advogado que vendeu mansão para o petista Agnelo, virou membro do Comitê de Auditoria do BRB

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Vejam só a estreita relação política do advogado Glauco Alves Santos, atualmente membro do Comitê de Auditoria do Banco de Brasília (BRB), com o ex-governador petista Agnelo Queiroz.

Em dezembro de 2011, portanto ainda no primeiro ano de governo de Agnelo no DF, o  Ministério Público decidiu investigar as denúncias de enriquecimento ilícito da família do então governador do Distrito Federal.

O governador Agnelo Queiroz (PT) nunca negou que fosse amigo do empresário/advogado  Glauco Santos. Em março de 2007, Agnelo comprou de Glauco uma casa em um setor nobre de Brasília. Mas em 2011, o então deputado Fernando Francischini, do (PSDB-PR), disse que a relação dos dois ia além da amizade.

Ainda segundo o deputado, Agnelo, quando era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), favoreceu uma empresa de importação de medicamentos de Glauco, que teria retribuído fazendo negócios com parentes do governador.

Em janeiro de 2008, Glauco Alves Santos e Anailde Queiroz Dutra, irmã de Agnelo, formaram sociedade em um restaurante. Em fevereiro, a Saúde Import, empresa de Glauco, pediu autorização de funcionamento na Anvisa. Cinco dias depois, Glauco e Anailde abriram uma segunda empresa de alimentação.

Em abril, saiu no Diário Oficial, autorização assinada por Agnelo Queiroz para a Saúde Import funcionar.

“Vejo indícios do crime de improbidade administrativa, corrupção e lavagem de dinheiro cometidos pelo governador Agnelo”, disse o então deputado Francischini.

Em dezembro de 2012, segundo papéis em poder do MP do DF, o então governador Agnelo teria ganho R$ 10 milhões. Atos de ofício em poder do Ministério Público revelavam que de 2007 a 2010, quando dirigia a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), o governador Agnelo Queiroz (PT) teria mantido relações suspeitas com um casal de advogados que transferiu bens – empresas, imóveis e franquias, no valor de cerca de R$ 10 milhões, para familiares dele, inclusive a mãe, três irmãos e um cunhado.

Ao revelar os documentos, recolhidos em cartórios, junta comercial e Serasa, o então deputado e delegado Fernando Francischini (PSDB-PR) pediu a prisão do governador – por obstrução da justiça – e também a quebra de seus sigilos bancário e fiscal, além do bloqueio dos bens dele e dos familiares. “Ele tem que vir a público provar de onde saiu o dinheiro para compra de todos esses bens”, cobrou o parlamentar.

Os papéis mostram que, em 28 de abril de 2008, a importadora de produtos hospitalares Saúde Import, pertencente ao casal, ganhou de Agnelo autorização para atuar em 22 Estados. A empresa havia obtido alvará de funcionamento apenas três dias antes, em 25 de abril, conforme Resolução 1.248 da Anvisa, publicada no Diário Oficial da União.

A empresa continuou obtendo privilégios na Anvisa até maio de 2011, quando recebeu autorização para importar de Cingapura milhares de lentes de contato Freshkon e óculos Private Limited. Os donos, conforme os papéis, eram o advogado Glauco Alves Santos e sua mulher, Juliana Roriz Suaiden Santos, servidora pública, de quem Agnelo comprou, em março de 2007, a mansão em que vive.

O imóvel, no setor de Mansões Dom Bosco, um dos endereços mais caros de Brasília, foi registrado por R$ 400 mil – embora seu valor de mercado, na época, fosse de R$ 2 milhões. A partir daí, o casal aparece como intermediário de sucessivas compras de familiares de Agnelo, entre os quais franquias de uma rede fast food em três shoppings e da Torteria Di Lorenza.

A Anvisa informou que a Corregedoria do órgão iria analisar as denúncias. Mas que, a princípio não via conflito ético no caso. Agnelo Queiroz negou o favorecimento à empresa e disse que o deputado Francischini agiu de má fé.

Em 2012, apesar de negar a existência de irregularidades na compra da casa onde vive, uma mansão de 550 metros quadrados, o então governador Agnelo Queiroz, do Distrito Federal se enrolou ao não comprovar a origem dos recursos que permitiram a aquisição do imóvel. O petista, que depôs à CPI do Cachoeira em junho de 2012nesta quarta, pagou 400 000 reais pela casa em 2007. Um ano antes, ele havia declarado à Receita Federal um patrimônio de 224 mil reais.

Agnelo, que falou por dez horas à CPI, processou os jornalistas que fizeram reportagem sobre a venda da casa. Durante o processo, o petista foi instado pela Justiça a apresentar sua declaração de imposto de renda que poderia comprovar a origem dos recursos usados na transação. O petista se negou: mostrou apenas os comprovantes de que havia entregue sua declaração do imposto de renda.

“Esses extratos não demonstram sequer que a aquisição da casa foi incluída nas declarações de IR”, afirmou a juíza Priscila Faria da Silva.A magistrada condenou o governador a pagar 3 000 reais aos jornalistas

O antigo dono do imóvel, o empresário Glauco Santos, era dono de uma empresa que, meses depois da transação, foi beneficiada por um ato assinado diretamente por Agnelo – então diretor da Anvisa. Recentemente o advogado se envolveu em encrenca em Uberaba e foi parar na Delegacia por desacato.

Mas a grande pergunta atualmente no DF é: Quem colocou Glauco no BRB?

O interessante é que no BRB ainda existem figuras que jamais deveriam estar ocupando certos cargos, pois o passado os condena.

Em 2011 eu afirmei aqui que o BRB teria sérios problemas com sua diretoria e ao fim do mandato de Agnelo, ocorreram prisões. Ainda na transição de governo, também avisei aqui que Rodrigo Rollemberg teria problemas com suas escolhas para o BRB. Ao fim de quatro anos, nova operação policial e prisões.

Aguardem o final da gestão Ibaneis para conferir o apocalipse que cairá sobre a direção do BRB, banco que virou a galinha dos ovos de ouro para conhecido grupo de intrépido senador.

Investigações prosseguem.

 

 

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