No Senado, voto secreto serve para esconder eleitores envergonhados
A decisão do ministro Marco Aurélio, determinando voto secreto na eleição à Mesa Diretora do Senado, provoca reações de quem vê nisso uma suposta “interferência de outro poder” no Legislativo. Mas estão por trás do discurso raivoso contra o voto aberto apenas senadores de má reputação que pretendem presidir o Senado. Candidatos em quem o voto declarado deixa o cartaz do eleitor tão sujo quanto o deles.
Critica a decisão de Marco Aurélio aquele cujas chances para presidir o Senado se resumem a esconder seus eleitores envergonhados.
A atual Constituição determina a regra da publicidade nas deliberações do Senado, diz o ministro, e voto secreto não está entre as exceções.
Segundo outro ministro, Edson Fachin, apenas a Constituição de 1934 previa voto secreto no Senado. As que se seguiram aboliram isso.
Votação secreta se justificava durante a ditadura, para proteger de retaliações os parlamentares que ousavam contrariar o regime.
Fonte: Diário do Poder