No dia 08/01 teve um acontecimento que abalou a política no Distrito Federal: o afastamento do governador Ibaneis Rocha e a prisão do Comandante Fábio Augusto por ter perdido o comando da tropa (segundo ele mesmo declarou na CPI).
Foi noticiado em vários veículos de comunicação que um Tenente-Coronel foi nomeado para assumir um cargo no Alto Comando da PMDF, mas esqueceram que existem vários coronéis lotados neste departamento, como por exemplo, Coronéis médicos e combatentes.
Mas como um Tenente-Coronel pode comandar um Coronel? A PMDF enlouqueceu? Não! Pior ainda: o Comandante Klepter Rosa sequer sabia da nomeação. Mas como um cargo técnico, privativo de Coronel, foi parar no Diário Oficial do DF sem o seu consentimento?
Isso prova que o Comandante não tem o controle da sua tropa, não tem comando, pois existe um protocolo que é obrigado a seguir, mas ninguém deu a mínima para o comandante.
As autoridades políticas nem o olham mais como um comandante, mas como um tapa- buraco.
Como alguém consegue nomear alguém que é cargo privativo de nomeação do Comandante Geral sem seu consentimento? “Nunca aconteceu isso na PM, e mostra o caos que estamos passando, uma crise institucional e política, e se eu fosse este comandante, entregava meu cargo por incompetência ou por falta de comando, um já foi preso por isso”, disse um oficial aposentado da PMDF.
Realmente é algo no mínimo inusitado, entram na minha casa, abrem minha geladeira, comem minha comida e eu fico calado olhando? Onde estão aqueles Coronéis, com “C” maiúsculo na Corporação?
A PMDF chegou a uma situação deplorável, e precisa trocar urgente todo este comando, já que mostraram que não estão preparados para o cargo por falta de postura, pulso firme, moral, e liderança aos seus subordinados.
Como algo assim acontece e os coronéis não falam nada? Isso é uma falta de respeito, primeiro ao seu comandante, depois aos valores e princípios militares. A hierarquia não saiu do regulamento e pelo jeito esqueceram disso.
Segundo informações, um deputado fez a nomeação sem consultar a PMDF, e este parlamentar não respeitou a instituição. Na verdade, ele não respeitou seu comandante-geral que é o responsável pela nomeação.
Aguarda-se a hombridade do Comandante-Geral entregar o cargo após essa falta de respeito e de comando, porque ficará mais bonito para a Corporação. Já não é de hoje que coronéis devem submissão à políticos para permanecer nos cargos, o que demonstra uma desvalorização total de uma categoria que deve ser respeitada.
Definitivamente não é nada salutar essa interferência política direta na PMDF, e que sai perdendo é a corporação e a própria sociedade.