Cascas de coco e pneus triturados se tornam solução para problemas ambientais entre agricultores no DF
As ideias são de startups que estão desenvolvendo projetos para facilitar a produção da agricultura familiar de forma sustentável
Desperdício de água, assoreamento dos solos, perda de qualidade da produção, entupimentos de sistemas de drenagens são alguns dos problemas diários relatados por agricultores para os pesquisadores que agora se dedicam em solucioná-los de forma sustentável.
A iniciativa partiu do projeto Agro Hack Ideias do instituto multiplicidades e da
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti), foi uma Maratona tecnológica que reuniu startups, produtores e empresas para desenvolver soluções aos desafios enfrentados pelo setor agropecuário e agora está na sua segunda fase.
Mirando nas falhas nas irrigações das plantações, o Artéria, por exemplo, é um projeto que propõe uma tubulação sustentável feita com pneus triturados.
Segundo a Reciclanip, 450 mil toneladas de pneus são descartadas por ano e, de acordo com dados da Trata Brasil, 40 por cento da água do país é desperdiçada, principalmente pelos setores da indústria e agricultura.
No dia a dia, a startup analisou que produtores desperdiçavam, em alguns casos, a água devido a valas abertas nas grandes tubulações de irrigação da produção agrícola. Unindo esses problemas, a ideia foi criar um cano com o material dos pneus triturados. Que é mais barato e também tem uma instalação mais econômica do que a convencional.
Outro grande desperdício no Brasil é o acúmulo de coco verde. Por ano, mais de 30 toneladas da fruta foram encontradas em lixõesE é a partir deste problema que a outra Startup, a SustentAgro, também participante do projeto agro hack ideias, encontra sua matéria-prima para melhorar o cultivo de plantas.
Segundo a ideia do grupo, O coco passa por um processo onde se torna a fibra de coco, utilizada no cultivo de orquídeas, suculentas e cactos. Além de auxiliar no crescimento das plantas.
Ambos os projetos receberam 6 e 3 mil da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti) e do Instituto Multiplicidades e agora estão em fase de desenvolvimento. A expectativa é que até o final do ano eles já estejam em funcionamento.