Perguntaram ontem ao senador Cristovam Buarque se não era um erro, ao licenciar-se, entregar sua cadeira a um suplente sem voto, no caso o petista Wilmar Lacerda. Buarque admitiu que suplente de senador, no Brasil, não é votado, mas essa é a regra do jogo. Aproveitou para dar uma alfinetada nos petistas. Disse que era rigorosamente a mesma coisa que Dilma Rousseff dar lugar a Michel Temer. Se ela o colocou como vice, era também a regra do jogo. Fica o registro de que Cristovam já disse isso a colegas senadores como Gleisi Hoffmann ou Lindbergh Farias. Que torceram o nariz para a observação.
Vergonhas
Aliás, perguntaram também a Cristovam se ele não se envergonhava de ter votado o impeachment de Dilma. Ele respondeu que não, que disso não tinha vergonha alguma. Tinha vergonha, isso sim, do governo que está aí.
Voto sim, coligação não
A licença de Cristovam abre também um espaço para articulação política. As pesquisas lhe dão índices fortes na reeleição para o Senado. Seria eleito, caso a eleição fosse hoje. Mas Cristovam sabe que tem um problema. Se tem voto, falta-lhe uma coligação.
Fonte: Do Alto da Torre/Jornal de Brasília
Com certeza Cristovam negociou com o PT a ida de Wilmar Lacerda para o senado. Em troca tem o apoio da esquerda pra garantir mais oito anos na mamata….