Andréia Bahia, Jornal Opção
Mas o Cristovam não está tão calado como diz. Logo no início do governo, quando Agnelo Queiroz suspendeu as escolas de regime integral, ele criticou a medida e o governo resolveu recuar. Depois, no episódio da eleição de diretores, o senador também não se furtou de recriminar a ausência de qualificação no critério de escolha dos novos diretores. Estas críticas, segundo Cristovam, não apontam um posicionamento político em relação ao GDF. “Não estou apoiando nem criticando nada, até porque não estou vendo a cara do novo governo. O que faço não é oposição e também não é ser situação, uma vez que não estou no governo.” O fato de Cristovam estar recolhido em seu canto não quer dizer que não tenha críticas. “Tenho muitas críticas e, se continuar assim vou ter que falar porque não tenho direito de ficar nessa posição confortável.” O senador vai aguardar a marca dos cem dias e, se nada mudar, promete colocar o boca no trombone.
Um eventual rompimento entre Cristovam e o governo do PT não seria novidade no Distrito Federal nem no País. O senador já chegou a ser demitido do Ministério da Educacão pelo presidente Lula por telefone e, desde que saiu da legenda, não conseguiu mais ter uma boa relação com os petistas. Ele só aceitou participar da aliança petista no DF para derrubar Joaquim Roriz, um desafeto maior que o PT.