Envolvidos até o pescoço na Lava Jato, PT, PP e MDB continuam tentando manter seus aspones em cargos estratégicos inclusive no novo governo federal. O PP, por exemplo, avançou nos últimos dias nas negociações com PT e PDT para formar um bloco de oposição ao atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), na disputa pelo comando da Casa em fevereiro. Se para essa turma Rodrigo Maia é ruim, Arthur Lira – o candidato que promete afundar a Lava Jato – é ainda pior.
Os tentáculos do PP aparecem nitididamente nos bastidores da GEAP. O principal patrocinador do atual presidente da GEAP, é o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP).
Em 2016, para se ter ideia da força política de Aguinaldo na GEAP, o então líder da bancada do PP na Câmara e investigado na Lava-Jato, Aguinaldo Ribeiro, bateu de frente com Laércio de Souza, presidente da Geap Autogestão, maior operadora de planos de saúde dos servidores públicos. Laércio chegou ao cargo no meio do ano pelas mãos do PP, mas se negou a aprovar a contratação de uma empresa de serviços dentários indicada por Ribeiro. O deputado Aquinaldo Ribeiro então partiu para cima e conseguiu a demissão de Souza de outro cargo público que ocupava por indicação política: uma diretoria executiva no Ministério da Agricultura Assim, teria que deixar também o conselho da Geap, pois para o cargo é pré-requisito ser funcionário público federal.
O gesto de Aguinaldo comprova o que todo mundo sabe lá na GEAP: Que o parlamentar comanda o petista que ocupa a presidência. Segundo informações, são amigos e talvez até sócios. As denúncias deduzem isso, mas as novas investigações poderão comprovar muita coisa errada e revelar o que há por trás de tamanha amizade entre o deputado enrolado na Lava Jato e o petista Leopoldo Neto.
Há tempos que deputados e correligionários do PP tentam se livrar de Aguinaldo e sua turma envolvida em denúncias na Lava Jato. Até o presidente do PP, Ciro Nogueira, é alvo de denúncias. É precico fazer uma fazina na GEAP e de tabela, no PP (Progressista).