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Dia Internacional da Enfermagem: entenda a amplitude deste serviço na rede pública de saúde

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A categoria é a que mais possui servidores na Pasta; são 13.803 servidores profissionais

JURANA LOPES, DA AGÊNCIA SAÚDE-DF

O Dia Internacional da Enfermagem é celebrado nesta quinta-feira (12) e homenageia o trabalho e contribuição desta categoria, tão essencial no âmbito da saúde. Os profissionais se dedicam ao cuidado e à assistência à saúde do ser humano de maneira geral.

Hoje, a categoria é a que mais possui servidores na Pasta. São 3.984 enfermeiros, desses 176 enfermeiros obstetras; 520 enfermeiros de família e comunidade e 26 enfermeiros do trabalho. Além de 9.819 técnicos de enfermagem, totalizando 13.803 profissionais.

A diretora de Enfermagem da Secretaria de Saúde, Maria Leonor Morais Gois, destaca que o papel dos profissionais da área é promover assistência de enfermagem com qualidade e livre de riscos, tanto para o usuário quanto para o servidor, centrada na dignidade humana, com vistas às ações de prevenção, promoção e reabilitação dos usuários, bem como a gestão dos serviços de área toda a rede de saúde do DF.

“Tanto enfermeiros como técnicos/auxiliares de enfermagem assumem um papel cada vez mais decisivo e proativo no que se refere à identificação das necessidades de cuidado da população, bem como na promoção e proteção da saúde dos indivíduos em suas diferentes dimensões. A enfermagem tem a possibilidade de operar, de forma criativa e autônoma, na Rede de Atenção à Saúde (nos três níveis de atenção), seja por meio da educação em saúde, seja na promoção ou na reabilitação da saúde dos indivíduos”, explica.

Maria Leonor diz que as ações de cuidado de enfermagem é único e essencialmente praticado pelos seus profissionais. Na atenção básica, porta de entrada do sistema de saúde, o profissional possui grande capacidade colaborativa no fortalecimento dos quatro atributos essenciais da Atenção Primária à Saúde (APS): acesso, longitudinalidade, abrangência e coordenação do cuidado.

Em relação ao acesso, há o acolhimento sendo realizado, principalmente, pelos profissionais da enfermagem, tanto técnicos/auxiliares, como enfermeiros, com escuta qualificada e estratificação de riscos (exclusiva do enfermeiro) e vulnerabilidades. Na longitudinalidade há o cuidado contínuo, ao longo da vida, tendo o enfermeiro um papel central de estabelecer vínculos de confiança ao longo dos diferentes momentos de vida dos indivíduos e até mesmo entre as diversas gerações de uma mesma família.

“A abrangência do cuidado é o terceiro item e consiste em atender a maior parte das necessidades de saúde das pessoas, podendo ser favorecida com a prática avançada de enfermagem, estratificação de vulnerabilidades, avaliação dos serviços sociais disponíveis e até mesmo articulações entre estes, para um cuidado compartilhado à população assistida”, afirma.

Ainda na Atenção Primária à Saúde, a coordenação do cuidado é prioritariamente a atuação da enfermagem junto à equipe, contribuindo como ponto central de comunicação da rede de atenção à saúde. “O enfermeiro avalia em qual nível de atenção o usuário deve estar e garante o cuidado continuado”, reitera a diretora.

Assistência hospitalar

Na área hospitalar, o profissional de enfermagem é o colaborador da equipe que permanece mais tempo ao lado do paciente e tem a capacidade de observá-lo holisticamente. Ele avalia os sinais vitais, administra medicamentos, prepara e acompanha na realização de exames, além de viabilizar a comunicação entre o paciente e familiares.

O profissional também faz a comunicação com demais profissionais acerca de mudança do quadro de saúde e necessidade de reavaliações, conforto e segurança do atendido nos diversos níveis que a atenção hospitalar requer.

A diretora de enfermagem da Secretaria de Saúde lembra do papel do profissional na reabilitação, pois auxilia o paciente a se tornar independente o máximo que puder. De acordo com as condições do assistido, promove e incentiva o autocuidado por meio de orientações e treinamento de situações relacionadas às atividades básicas da vida diária como, comer, beber, vestir, andar, dormir, entre outras.

“Nos cuidados paliativos, os enfermeiros atuam, principalmente, no contexto da aceitação do diagnóstico e auxílio para conviver com a doença. Ele desenvolve assistência integral ao paciente e família por meio da escuta com o objetivo de diminuir a ansiedade, devido ao medo da doença e ao futuro”, informa.

O enfermeiro também é o interlocutor e o principal agente catalisador das políticas e programas voltados para a saúde coletiva: na atenção, na gestão, no ensino, na pesquisa, no controle social, bem como no fomento de ações educativas e de promoção da saúde dos indivíduos, famílias e comunidades.

Enfermeiro e técnico de enfermagem

Ao enfermeiro compete intervenções de enfermagem de maior complexidade técnico-científica, como a consulta feita por esse profissional, de forma exclusiva (incluindo a classificação de risco), prescrição de medicamentos, solicitação de exames descritos em protocolos específicos, além do planejamento e gerenciamento de enfermagem e de serviços de saúde.

Já o técnico de enfermagem atua como profissional auxiliar, respeitando seu nível de formação e sob supervisão de um profissional enfermeiro na administração de medicamentos, coleta de exames, realização de tratamento de lesões de pele, visitas domiciliares, vacinação, auxílio na passagem e troca de sondas, coordenação de equipes, acolhimento, estratificação de vulnerabilidades e aferição dos sinais vitais.

Contratações

Nos últimos anos a Secretaria de Saúde vem contratando profissionais de enfermagem, tanto efetivos quanto temporários, de maneira contínua. Em 2020, 387 enfermeiros passaram a integrar os quadros da Pasta; no ano seguinte foram admitidos 302. Para carreira de técnico de enfermagem, somaram-se à força de trabalho 204 profissionais.

Para a diretora de enfermagem, a importância das contratações é reforçar a força de trabalho na rede assistencial de saúde (nos eixos da assistência, gestão, governança, organização dos serviços, educação permanente) do Distrito Federal, tendo em vista a consolidação da assistência a partir de uma ampla e ideal cobertura aos usuários. “Além disso, garantir a otimização dos serviços de saúde, sem sobrecarga de trabalho, assegurando um cuidado humanizado e livre de riscos”, conclui.

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