Home Utilidade Pública DIRETOR DIZ QUE CEB ESTÁ ENDIVIDADA, SUCATEADA E TRABALHANDO NO LIMITE

DIRETOR DIZ QUE CEB ESTÁ ENDIVIDADA, SUCATEADA E TRABALHANDO NO LIMITE

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A Câmara Legislativa discutiu nesta sexta-feira (18), por iniciativa da deputada Liliane Roriz (PRTB), a constante falta de energia elétrica no Distrito Federal. Durante a audiência pública, realizada no plenário da Casa, o diretor de Engenharia da Companhia Energética de Brasília (CEB), Mauro Martinelli, explicou que os problemas enfrentados pela empresa são decorrentes de diversos equívocos, que vão desde a opção por investir em geração de energia em detrimento de distribuição, à progressiva diminuição do quadro de funcionários.
A CEB, que chegou a ser considerada a melhor distribuidora de energia do Brasil nos anos 90, hoje deve cerca de R$ 800 milhões. “Nenhuma empresa do mundo aguentaria uma gestão como a que foi feita na CEB nos últimos anos. O financiamento foi feito da pior maneira possível. Já a falta de investimentos na distribuição de energia fez com que hoje estejamos trabalhando no limite”, disse Martinelli.
Segundo o diretor de Engenharia, a CEB perdeu sua memória técnica com o passar dos anos. Em 1993, eram 1831 funcionários, atualmente, são apenas 839. “A CEB foi criminosamente preparada para a privatização e chegou a negociar sua venda à Cemig em segredo. O governo Agnelo entende que a CEB é viável e vai fazer os investimentos necessários”.

O titular da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Trajano de Melo, relatou que reuniu-se com a diretoria da CEB, no final de 2010, e ouviu promessas de investimentos. “Espero que sejam concluídas as obras nas subestações e na interligação com a rede elétrica. Na promotoria, recebemos muitas queixas de consumidores”, observou o promotor.
A idade avançada da rede elétrica de Brasília também contribui para as frequentes quedas de energia. O presidente do Sindicato dos Urbanistas do DF, Jeová de Oliveira, destacou que o cabeamento elétrico tem validade aproximada de 30 anos. No Plano Piloto, muitos cabos têm mais de 50 anos. “O sistema elétrico é como um veículo, precisa de manutenção periódica e de investimentos em sua renovação”, cobrou o sindicalista.
Para a autora da audiência pública, Liliane Roriz, o encontro com especialistas visa trazer tranquilidade à população que vem tendo prejuízo com as constantes quedas de energia. “O objetivo é esse: levantar questões, procurar soluções”, disse a distrital. Também estiveram presentes à audiência os deputados Wasny de Roure (PT), Chico Vigilante (PT), Chico Leite (PT), Agaciel Maia (PTC) e Rejane Pitanga (PT).

Fonte: CLDF/Foto: Rinaldo Morelli

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