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DISTRITAIS E A IMAGEM DO LEGISLATIVO

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Este filme só não existiu na primeira legislatura da Câmara Legislativa do DF, em 1991. Entretanto, a partir de 1995 os discursos passaram a ser os mesmos de sempre: lutar pela “ética e pela boa imagem da Casa”, mas na prática…

Na sessão de ontem que reabriu os trabalhos, o que mais se ouviu em discursos e conversas,  foram  simplesmente ecos de discursos anteriores. Pode ser que mude alguma coisa, mas a CLDF continua agindo da mesma maneira de sempre.

O legislativo local vem de uma onda gigantesca de pecados, erros, omissões, e escândalos, aliás, muitos escândalos, sendo que alguns foram devidamente elucidados e outros arquivados, engavetados, escondidos e adiados.

A Caixa de Pandora do legislativo local poderá um dia ser aberta, quando homens e mulheres detentores de mandato e com vontade de fazer justiça, resolverem tirar do baú todos os males de anos de ininterrupta ação comercial de suas atividades.

E acreditem: No legislativa local, ainda existe o balcão de negócios. Basta ver para que famílias de distritais vão os generosos contratos emergenciais de sempre, principalmente nas áreas de segurança e serviço.

Para se ter uma ideia, na primeira legislatura os distritais pagavam a gasolina com dinheiro do próprio salário. Agora, tudo é muito melhor, mais cômodo e inevitavelmente imoral. Podem gastar gasolina à vontade e ainda são ressarcidos pela CLDF (Será que alguém, algum dia fará auditoria nas notas fiscais?).

 Mas com o sucesso do BBB, quem se importa com a imoralidade pública?! Virou mero detalhe. Nem mesmo os estudantes se empenham mais como antes, em protestar contra ilicitudes cometidas por quem deveria dar o exemplo. Parece que há um conformismo geral. Como não há punição para corrupto, nem devolução de dinheiro roubado dos cofres públicos, também não há mais cobrança por parte da sociedade. O brasileiro desanimou!

A sexta legislatura da Câmara Legislativa do DF já nasce comprometida com o passado recente. Há processos ‘estacionados’ contra parlamentares  envolvidos em escândalos e a Casa permanece inchada com tantos aspones. E parece que nossos parlamentares não demonstram tanto interesse em mexer em assuntos tão delicados, principalmente porque envolve colegas da base aliada.

E na publicidade, aí é outra história que contarei em breve.

Em resumo, nosso legislativo não está sarado plenamente. Está engessado e continua enfermo. E a culpa? É do povo mesmo, que não aprende votar direito e do tal voto de legenda.

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