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Distritais vão à polícia

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O diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Luiz Xavier, recebeu, no final da tarde de ontem, os distritais Chico Vigilante (PT), Doutor Michel (PEN) e Raad Massouh (PPL), que foram pedir celeridade nas investigações de uma possível extorsão feitas contra Raad, para que o processo de cassação dele não fosse enviado a Plenário.

 

Aos parlamentares, o diretor afirmou que conversará com a procuradora-geral de Justiça do Distrito Federal, Eunice Carvalhido, que recebeu as denúncias feitas por Raad ainda no dia 13 de agosto, antes do inquérito policial de ser instaurado. Jorge Xavier afirmou que a Polícia Civil está mantendo uma relação de cooperação com o Ministério Público. “Pedi uma audiência com a procuradora e assim que definirmos como será realizada as investigações vamos abrir o inquérito do caso”, afirma Xavier.

 

Pediu dinheiro

 

De acordo com a denúncia feita por Raad, horas antes do anúncio do relatório que sacramentou o envio de seu processo de cassação ao Plenário da Câmara Legislativa, um pastor identificado como Eliseu José dos Santos teria o procurado em nome dos deputados Doutor Michel, Agaciel Maia (PTC) e do relator do caso Joe Valle (PSB) pedindo R$ 2,7 milhões para que o processo não fosse adiante.

 

A atitude do pastor indignou Chico Vigilante (PT), que pediu a reunião com o diretor-geral da Polícia Civil. “Em Brasília, existe uma quadrilha especializada em chantagear as pessoas, por isso é necessário que esses bandidos sejam colocados na prisão”, declarou Chico Vigilante, que ressaltou que a medida serve para proteger não apenas os colegas, mas a imagem da Câmara Legislativa: “O que está em jogo é o nome da instituição”.

 

Além das gravações, o distrital Doutor Michel pediu também que fossem investigadas as imagens de pessoas que estiveram em seu gabinete tentando “comprar” seu voto no processo contra Raad. “Essa quadrilha quer aviltar quem está querendo trabalhar”, disse.

 

Reunir as provas

 

Segundo Jorge Xavier, “o caso não parece ser complexo”. “Vamos reunir as provas para investigar e chamar o pastor para ouvi-lo”, afirma o delegado. O diretor-geral diz ainda que a participação de Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, do caso de Carlinhos Caichoeira, ainda não foi confirmada, como chegou-se a levantar suspeita e que o nome do pastor aparece apenas no relato de Raad.

 

Saiba Mais

 

A denúncia feita por Raad Massouh causou a revolta dos membros da Comissão de Ética, citados pelo réu.

 

Joe Valle chegou a chamar de “brincadeira” a atitude de Raad poucas horas antes da apresentação do relatório.

 

O pedido de reunião na Polícia Civil, feito por Chico Vigilante, foi autorizado em Plenário pelo presidente da Câmara Wasny de Roure (PT), que não pode acompanhar o grupo por conta de sua agenda parlamentar.

Raad diz que é vítima
 
Ainda em plenário, o distrital Raad Massouh afirmou que estava sofrendo muito, desde o início das investigações, há dois anos e meio, e garantiu que foi extorquido. “Em momento nenhum acusei ninguém. Cabe à polícia investigar, pois que eu fui extorquido, fui”, afirmou o deputado, que teve seu processo enviado a Plenário para que se vote agora sua cassação. Raad acompanhou os parlamentares na condição de presidente da Comissão de Segurança da Câmara Legislativa, para reiterar seu interesse que as investigações sejam concluídas com a maior celeridade possível. “Vim reiterar oficialmente que sejam apuradas as denúncias. Pedimos que fossem designados delegados especiais para o caso. Essa investigação é de interesse de todos os parlamentares”. Segundo a denúncia, Raad foi procurado pelo pastor Eliseu José dos Santos, que a princípio havia cobrado R$ 1,6 milhão para, segundo ele, comprar os votos de Joe Valle, Agaciel Maia e Doutor Michel. Mais perto do dia da votação o valor subiu para R$ 2,7 milhões. A extorsão foi gravada e levada ao MP e a Polícia Civil.
Câmara quer preservar imagem
Durante a sessão plenária de ontem, Chico Vigilante exigiu uma postura enérgica da Mesa Diretora da Câmara Legislativa, para que a imagem da Casa não fosse atingida pelas denúncias.
“Temos de averiguar as denúncias de Raad. Deputado não é bandido. Não conheço parlamentares subornáveis. Se não fizermos nada amanhã estarão falando de mim ou de outros parlamentares”, cobrou Vigilante.
Só duas opções Raad aproveitou o para reafirmar que não aceitou o suborno e que logo que houve o contato ele procurou o Ministério Público para denunciar. “No mesmo dia em que ele me procurou em minha casa eu enviei uma mensagem, agradeci, reconhcendo que ele era um amigo, mas dizendo que não me submeteria a isso. Toda pessoa que sofre uma extorsão tem duas opções: sofrer a extorsão ou denunciar e foi o que fiz”, defendeu-se Raad, que garantiu: “Em momento nenhum eu acusei ninguém.
 Olair Francisco não concordou com a intervenção parlamentar: “Para mim o assunto está encaminhado. Se a polícia e o MP estão sabendo já está nas mãos certas”.

Fonte:  clicabrasilia.com.br

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