Milhares de igrejas evangélicas estão mobilizando seus membros para votar na candidata Marina Silva (PV) e orar a Deus para que ela consiga ir para o segundo turno. “Ela tem uma história de vida, é sincera, honrada, competente e acima de tudo temente a Deus”, afirmou o pastor Enoe Silva, da igreja pentecostal Assembléia de Deus.
Por outro lado, cresceu na última semana uma onda de ‘rebeldia’ contra os grandes ‘caciques’ pentecostais que decidiram apoiar a candidata Dilma Rousseff (PT). “Eles – os grandes líderes evangélicos – não contam o que ganharam ou ganharão ao declarar apoio à candidata petista”. Deveriam falar a verdade para o povo – qual foi o real motivo do apoio. Até pouco tempo atrás, pastor, bispo e apóstolo pregavam que ‘irmão deve votar em irmão’. Agora mudou tudo, eles se esqueceram do que pregaram durante anos e melhoram de vida assim, de uma hora para outra. Coincidência?”, resumiu o pastor Levi Obadia, da Igreja Alfa Missionária, que também quer uma apuração sobre a concessão desenfreada de concessões dadas às grandes igrejas evangélicas nos últimos 8 anos.
Em Brasília, o pastor Sóstenes Apolos, da igreja Assembléia de Deus, resolveu apoiar a candidatura do petista Agnelo Queiroz. Pulou indiretamente no barco de Dilma Rousseff. Até pouco tempo atrás, ele defendia com unhas e dentes sua mais popular fiel (Marina frequenta a igreja na L-2 Sul há muitos anos). Existe muito descontentamento com a nova postura do pastor Sóstenes, que se juntou ao bispo Manoel Ferreira para apoiar o PT.
Manoel Ferreira é velho conhecido dos bastidores da política de Brasília, sempre pedindo aos políticos algo em troca para mandar sua igreja votar em quer lhe oferecer algum tipo de vantagem, principalmente em fato ocorrido na eleição de 2002, quando Ferreira disputou uma cadeira ao Senado no Rio de Janeiro.
Não foi à toa que a igreja Assembléia de Deus do Campo Nacional do Guará processou Manoel Ferreira e sua Convenção Nacional. O descontentamento é geral.